Sou aquela despida de roupagens.
Sou aquela que vive no Além.
Sou aquela de quem tu tens imagens
mas, por ti, sente apenas o desdém.
Eram fotos antigas, quando nova,
na ilusão do amor que prometias.
De nada servem, isso nada prova.
Hoje, madura, vejo que mentias.
Chantagem tentas, agora, arrependido.
Mostras as fotos de um amor envelhecido,
não sabes que o AMOR tudo ultrapassa.
O homem que vês hoje, do meu lado,
não quer saber dos erros do passado;
é verdadeiro, não mente quando abraça.
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5/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958