Mensagem para os visitantes

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Laura B. Martins

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segunda-feira, dezembro 10, 2012

Ele há cada uma!!!!!!


Tem vaca no banho? Mas que grande pinta!
As tetas cheirosas, lavada, distinta...
Tem vaca banhada? Coisa divinal!
Mas, o leite aguado... Parecerá mal? 

Saracoteando-se, a vaca malhada,
canta enquanto espalha água, estabanada.
As ventas abertas, num olho o xampu...
talvez chateada, diz mu-u-u-u! 

Na cauda, bem presa, ela a escova empurra.
Será que se banha com leite de burra?
Esta D. Vaca, automatizou-se. 

Para quem gostar, tem leite já doce.
Em vez do sabão que só faz espuma,
lava-se com mel. Ele há cada uma!
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27/05/2005
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

terça-feira, novembro 20, 2012

Bom domingo!

A Dona Caracoleta embonecou-se a valer.
Parece uma borboleta sem ter nada que fazer.

Na missa, uma Avé Maria rezou, como deve ser.
É domingo... que alegria! Não há nada pra fazer.

Pintou a casa de novo, ficou toda a condizer.
Passeou por entre o povo... sem nada querer fazer.

Estreou um chapéu maluco e tentou bem parecer.
Na praça, bebeu um suco para arranjar que fazer.

Pôs um sorriso no rosto, para toda a gente ver.
Um ar, todo bem disposto, de quem não tem que fazer.

Tentou o dia inteirinho namorar, espairecer.
D. Caracol escondeu-se; sem saber o que fazer.

Caiu a noite na aldeia... sentiu-se desfalecer.
Pensou: - Se calhar, sou feia! Não sei o que hei-de fazer!

Sou rica, de casa às costas; muito para oferecer.
Caracol, de mim não gostas? O que é que eu hei-de fazer?

Mais me vale trabalhar... ver a semana correr.
Estar entretida, ganhar!... Ter, afinal, que fazer!
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21/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

sábado, novembro 10, 2012

Serenata inédita


Tocando a sua guitarra,
um esquilo, transformou
a selva em coisa bizarra;
pois nunca tal se escutou.

Foi tão boa a serenata
que a todos ele espantou.
Sendo um esquilo acrobata,
no chão é que ele cantou. 

A sua amada, entretanto,
no alto da ramaria,
encantada com o canto,
ao escutá-lo... comia. 

Até que, de pança cheia,
gracejando do amado,
enquanto se bamboleia...
salta para outro lado. 

Agora, esquilo-cantor,
ficaste como a cigarra.
Perdeste comida... amor...
ela quer ninho sem farra.
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16/03/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

quarta-feira, outubro 10, 2012

Sexta-feira, dia 13?


Sexta- feira, dia 13? É dia d'azar pra gente.
Pra não ter um acidente, veja se aproveita e... reze!

Eu não vou nem levantar-me, de certeza absoluta;
pra nenhum filho da... &%#?%/  alguma treta arranjar-me!

E, olhe lá, tenha cuidado: meça a altura do colchão.
Mais vale deitar no chão se estiver muito alteado.

Nestes dias azarados, quem não acredita é louco;
pois... todo o cuidado é pouco com escadas, maus olhados.

São 7 anos d'azar se acaso partir um espelho.
Deixo aqui um bom conselho: uma arruda vá plantar.

Mas, dum coelho, eu lhes digo: Ter pata como amuleto?
Recear um gato preto? Ah!!!!!... Isso merece castigo!
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13/01/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sexta-feira, agosto 10, 2012

Protesto dum rato

 
O rato malandro, desapareceu
da minha garagem. Será que morreu?
Pus-lhe a ratoeira para o apanhar;
vivo e bem disposto, no campo o largar. 

Comia as batatas... Ora  o mafarrico!
Pois se eram docinhas!? Vamos que eu explico:
Ora, era uma vez... Um ratinho em greve.
Deixou-me um recado, como se transcreve: 

- Cheia de batatas puseram-me a caixa
em cima da mesa, que até nem é baixa.
Talheres, não deram. Eu fui maltratado!
Meus caros senhores, fui discriminado! 

Não deram toalha, nem sequer um pano
pra comer na mesa? Sou um rato urbano!!!
Sou vivaz e esperto. Eu sou um colosso!
Como ratoeiras ao pequeno almoço! hihihihihi 

Lá na churrasqueira, também não estão mal...
Dá muito mais jeito entrar p'lo quintal.
Mas, batatas roxas??? Causam-me acidez.
Só gosto das doces. Comam-nas vocês! 

Chouriço de carne? Tem muito nitrito.
E queijo só como quando estou aflito.
Vegetariano sou, como os meus pais.
Meu dito, meu feito. Não volto cá mais!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
 

sexta-feira, julho 20, 2012

Um rato nas batatas


Eu deixo as batatas na minha garagem
que é lugar sem sol e de pouca aragem.
Mas veio um malvado dum rato, inimigo;
comeu umas tantas. Parece castigo!

Danada da vida, monto a ratoeira
com chouriço e queijo; ali, à maneira.
Mas o salafrário do rato tinhoso
não quer cair nela; é bicho manhoso.

É rato sabido, não quer entender
que essa ratoeira mal não quer fazer.
Passeia-se à volta, deixa os seus cocós,
é-lhe indiferente e ri-se de nós.

É uma caixinha com grades de lata
para aprisionar. Aqui não se mata!
Se ele cair nela, irá viajar;
pego nele e deixo-o num outro lugar.

Talvez lá prò campo... bem longe de casa...
lá vai o ratito, que até vai na brasa.
Que triste é a vida do rato caseiro!
Ninguém o quer ter, nem sentir-lhe o cheiro.

Ó rato magano! Pra correr contigo
vou fazer o quê? Fingir que não ligo?
Ah! Monto uma firma que há muito imagino:
«Aluguer de gatos» - Negócio divino!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

terça-feira, julho 10, 2012

Passarão e passarinha

(música «A caminho da Califórnia»
 












Era o senhor passarão e a esposa - a passarinha,
que decidiram mudar-se do quarto para a cozinha.

Ó que vida...  mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Fartinhos d'amar deitados, ronca o estômago a dar horas;
ele pragueja e decide vestir-se sem mais demoras.

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Vai vestindo a camiseta, (esconde o peito sensual),
junta-se a ela que tapa penugem com avental.

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Acaba a lua melada... em triste situação...!
«Teu amor e uma cabana»... não resiste à fome, não!

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!! 
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22/02/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958

domingo, junho 10, 2012

Desacato na capoeira


Um galo bem pequenino, cuja raça é anã,
encarregou-se de me fazer rir, esta manhã.

Andava ele na quinta a tomar conta do harém,
quando o peru quis meter a colherada também.

Enfeitou-se, cauda aberta, formou o leque, o danado.
Gorgolejou pràs galinhas, fez papel de enamorado.

O galito, furioso perante a desfaçatez,
saltou-lhe em cima, arrancou-lhe as penas; duas ou três.

A barulheira foi tal que a restante bicharada
aos gritos pulou, fugiu, completamente alarmada.

Só ficaram as peruas que, em jeito de mulherio,
rodearam o malandro. Coisa assim nunca se viu!

Mas o galo pequenote, inda pouco satisfeito,
foi-se às peruas bicou-as, nas patas. Que grande feito!

Foi bem bonito de ver: 4 aves tamanhonas
a fugir do anãozinho... pra não levarem «nas lonas»!

Que peru mais convencido e vaidoso, como gente!
Acabem-lhe co'as manias: ponham-lhe um pavão na frente!!!!!
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12/03/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958

domingo, maio 20, 2012

Gripe das aves


(Brincando com coisas sérias
para desanuviar a alma!)

Um ganso selvagem voa sobre o mar,
levado p'la aragem. Vem aqui pousar
no meu Portugal d' Inverno quentinho;
mas, vem o tal ganso, agasalhadinho.

Traz bom cachecol e até um barrete
tricotado à mão. Olha que topete!
Onde já se viu um ganso vaidoso?
Era o que faltava! É ganso garboso!

Quando vi tal coisa, fez-me confusão.
Pois... não é costume ter-se tal visão.
Ora vejam só, se começam todos
os gansos que há, a fazer de tolos(!!!)

Com mais qualidade produzir a lã
têm, as ovelhas, d' hoje prà amanhã,
Tal a quantidade de adornos gansais
que a indústria explode. Não será demais?

Para o desemprego, se pensarmos bem,
é a solução que mais nos convém.
Trabalho pra todos... criatividade!
Alimentar, vamos, gansos com vaidade!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

terça-feira, abril 10, 2012

D. galo machão


(Macho é macho, o resto é conversa...)

Lá vai D. Galo! As galinhas, como boas poedeiras,
vão atrás dele; porquanto, sem ele não há maneiras. 

É que pôr ovos sem galo pra poder galar o ovo...
não é jogo que se jogue. Só se for um jogo novo!? 

E o D. Galo, comandante das lindas frangas branquinhas
passa a ponte empertigado. Mostra como é, às galinhas. 

Crista vermelha, imponente, certo ar patriarcal...
numa tábua se equilibra; e... atravessa o canal.  

Do riacho não tem medo; a presunção não lhe falta.
Leva com ele o harém... com ares d'ave pernalta. 

É um galo-galaró tão machão, prole diversa...
que na panela não cai. E o resto é conversa!
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6/03/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

High society


Ai, Meu Deus! Quanta conversa
tem esta minha cunhada.
Eu, já com dor de cabeça...
Não me faltava mais nada! 

Saber porquês do vestido,
de quem foi o costureiro...
Se este ano vai pra férias.
Lisboa... Rio de Janeiro!... 

Cabelos última moda,
com gel, pra estarem de pé...
Botas... com este calor?
Vaidades, é o que é! 

Vou semicerrando os olhos
e dar um ar de entendida.
Assim, ela nem percebe
que estou meio adormecida. 

Dentro daquelas  roupagens
(pele de cores mais toscas)...
Acho que a cauda lhe serve
só para sacudir moscas!
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17/08/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

terça-feira, março 20, 2012

Poema atrapalhado


Era um sábado perfeito,
domingo negro, sem jeito,
estava a chover. Ora bolas!
O sol brilhava na rua,
na noite de feia lua.
Mascavam-se Coca-Colas. 

De tabuleiro na mesa,
com alegria, repesa,
na praia ao sol, ao serão,
eu sozinho, acompanhado,
fui jogar cartas, com dado.
No chão, ao colo, o meu cão. 

No auge, começa o jogo
que, de tão bom, era um logro;
bem, mal, corria a função.
O dado andava, saltando...
meteu-lhe o dente, o malandro...
Era uma vez... Reinação!
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20/02/2003
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Aves do meu sítio

 
Há música natural perto da minha cozinha:
de manhã um pintassilgo, à tarde uma ferreirinha.
Amarelo-afogueado, a trinar, vejo um canário.
Ao sol posto canta o melro negro, aos saltos, temerário.

Respingam os verdilhões; fazem tamanho banzé
que eu fico meia tontinha. Daqui nem arredo o pé!
No chorão, a pardalada faz um barulho maluco.
E, talvez pra destoar posso, ao longe, ouvir um cuco.

A monocórdica poupa, incomoda toda a gente;
mas, o arrulhar dos pombos, já me deixa mais contente.
Lá pelas seis da manhã, inda tentando dormir,

oiço um piado mais longo. A quem o atribuir?
No emaranhado dos ramos, tem ave que ninguém viu;
mas, todo o mundo acordou, por causa daquele piiiiiuuuuu...!
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18/09/2005
Laura B. Martins

Soc. Port. Autores n.º 20958

terça-feira, janeiro 10, 2012

Pardais do meu jardim






 
 
 
 
Ena, tanta passarada a chilrear no jardim.
Está na hora de comerem... Há um vai e vem sem fim. 

É costume, aqui em casa, pôr um prato com  migalhas
em cima do compostor. E eles não gostam de falhas. 

Já passa um pouco da hora... Estou atrasada, bem sei.
Abri agora um saquinho de mistura; inda não dei. 

Comprei ração melhorada da boa, para canários.
Eu quero ver se os pardais melhoram os pios diários. 

No Guiness, ter um nome famoso desejo, um dia,
por gerir como maestro dos pardais a cantoria.
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3/07/2007
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958