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Laura B. Martins

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sábado, julho 20, 2013

Espantalho espantado


Sinto-me um espantalho
e vivo espantada;
de monstros medonhos
e chamas cercada.
A seara ardeu...
as serras também.
Que me aconteceu?
Não sabe ninguém!
Foram-se-me os ramos
d'árvores amigas.
Quem me paga os danos?
Já não guardo espigas!
Manta de retalhos,
veste enegrecida,
queimada no fogo
que me poupa a vida.
Espantalho de luz,
ardido de sol.
Quem, por entre o fumo,
me leve e console?
Já não espanto as aves
porque aves não há.
Quem devia arder,
não se encontra cá!
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30/07/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

quarta-feira, julho 10, 2013

Terra queimada - Portugal


Era uma vez um país
tão pequenino e perdido,
junto ao mar, longe, feliz...
que foi queimado, vencido. 

Anotado em Escrituras
Santas, séculos aquém...
predições de diabruras...
mortes p'lo fogo, também. 

Ai, Portugal... minhas serras...
minha pátria. Tantas vidas
com pestes, fomes e guerras, 

foram menos agredidas.
Só Nero, nas suas terras,
cantou cidades ardidas.
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4/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958