Que os sinos da
minha terra jamais deixem de saber
marcar as horas do
dia, para a gente se mexer
ao ritmo deles, e
andarmos de corações descansados,
sem pressas
demasiadas ou, em horas, atrasados.
Que os sinos da
minha terra jamais parem de cantar.
É como viver no
campo... e o sino a cantarolar
chamando os fiéis à
missa para entoarem louvor,
rezar de forma
castiça, erguer as mãos ao Senhor.
Que os sinos da
minha terra jamais deixem de se ouvir.
É como viver na
aldeia... onde o sino ousa carpir
por quem morreu; e,
no céu, vai ouvir anjos tocar.
E, os sinos da
minha terra... ajudando... a badalar.
Que os sinos da
minha terra jamais tenham inimigos.
Que o padre e a
população sejam deles muito amigos.
Quem vem para aqui
viver, deve saber comportar-se;
a ninguém aborrecer
e, às regras, ajustar-se.
Que os sinos de
Portugal possam ouvir-se no mundo.
E, em todo o
Universo, saibam donde é oriundo
um som tão
convidativo que leva para a Igreja
todos os povos
unidos, e sem guerras. Assim seja!
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23/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores
n.º 20958