Desculpa-me bombeiro, se não tenho
capacidades natas de
escritora.
Desculpa-me bombeiro, se
não venho
escrever, sobre ti,
palavras de doutora.
Desculpa-me bombeiro, eu
não sou
a poetisa ideal pra te
cantar.
Desculpa-me bombeiro, se
não vou,
nas emergências, teus fogos
apagar.
Perdoa-me, bombeiro. Eu não
entendo
o que te faz travar a luta
horrenda
contra o monstro vermelho,
atiçado
por mãos que te transformam
numa lenda.
Combate-o,
bombeiro. Ao criminoso
que os nossos olhos não
vêm, escondido
numa casa ou floresta e,
pavoroso,
ergue-se ante os teus
olhos, num rugido.
Homem-bombeiro... de tudo
desprovido.
Um jacto d'água é lança, e
alimento.
Homem anoitecido...
amanhecido...
que morre, ou consegue o
seu intento.
BOMBEIROS! Mereciam mais que um hino.
Sem nome, lutam como
ninguém faz.
Porque quando, a rebate,
toca o sino,
prà guerra vão os soldados
da paz.
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5/08/2003
Laura
B. Martins
Soc.
Port. Autores n.º 20958