Mensagem para os visitantes

Vamos divagar e esquecer os vossos problemas? Entrem e sentem-se, por favor.
Fiquem à vontade para entrar no meu mundo das histórias em verso.
Obrigada pela carinhosa visita.
Se gostou, comente.
Se não gostou... faça melhor!
Laura B. Martins

Páginas de informação a visitar
Clique em cada uma e veja abaixo dos posts

terça-feira, dezembro 10, 2013

Água da esperança


Sou a água da esperança, sou algo de criativo,
sou um riso de criança, tenho valor. Sou um crivo
por onde passa a tristeza, sujidade e amarguras.
Brincar comigo é proeza; fazem comigo loucuras.

Sou um ser vivo, na Terra; mas algo de especial
tenho pois, faz menos guerra, quem me bebe. E, por sinal,
sou o líquido mais são; sem mim, ninguém sobrevive.
Não tenho graduação nem ninguém que me cultive.

Eu sou chuva na seara ressequida, alegria.
E, quando o céu se escancara, homens e terra sacia.
Sou boa de conduzir: riacho, rego ou levada,
lago, nascente a fluir... é fácil ter-me guardada.

Sou filha de Deus! Também quiseram contagiar-me.
Mas revivo porque alguém sempre ousa reciclar-me.
Sou, enfim, mola real na engrenagem do mundo.
Nascida com alto astral, tudo à volta eu fecundo.

Homens cruéis, pedras, ouro, consideram preciosos;
mas, destroem um tesouro, com mentes de criminosos.
Homens descrentes, os seus bens desperdiçam, sem ver
que a água provém de Deus. E foi Deus que a fez nascer.

Sou pôr do sol reflectido, mares de navegação;
meu íntimo abastecido de seres em profusão.
Não me nego a ninguém. Sou a vida! Sou bonança!
Movo oceanos por bem. Sou a água da esperança!
---------------------------------
19/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958