(Dedicada ao Jr. e a todos os excepcionais)
Por excepcional te tenho, em conta.
Deficiente é quem te olha, quem te aponta,
inconsciente, e de franzido sobrecenho.
Os filhos excepcionais são como a perna doente
que anda sempre com a gente, embora doa demais.
Connosco ficam, naqueles tempos normais, em crianças;
jamais as suas andanças separam, pai e mãe, deles.
Segue-se uma juventude de apoio, lágrimas, dor.
Fazemos seja o que for... até mudar de atitude.
Contrariados, rogamos pragas ao Demo, ao futuro;
- Demónio, que te esconjuro! Mal vivendo, caminhamos.
Na meia idade, os projectos já são, ou se perspectivam,
concretos. Se realizam, sonhos de casais, nos netos.
E achamo-nos infelizes, por vivermos diferente
dos outros que, com a gente, lidam. Temos cicatrizes.
Há sacrifício diário, uma revolta latente.
Pensar que, sem nós, na frente de tais filhos... um calvário.
Mas, de repente, a magia especial, calma e vibrante
dum qualquer preciso instante faz, da nossa noite, dia.
Vai-te, desgosto profundo! Vai-te dor! Vai-te agonia!
Entramos em sintonia co'a missão tida no mundo.
Cumprimo-la, convencidos que «ao menino e ao borracho,
põe-lhe Deus a mão, por baixo». Vivamos, agradecidos!
---------------------------
16/01/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Mensagem para os visitantes
Vamos divagar e esquecer os vossos problemas? Entrem e sentem-se, por favor.
Fiquem à vontade para entrar no meu mundo das histórias em verso.
Obrigada pela carinhosa visita.
Se gostou, comente.
Se não gostou... faça melhor!
Laura B. Martins
Fiquem à vontade para entrar no meu mundo das histórias em verso.
Obrigada pela carinhosa visita.
Se gostou, comente.
Se não gostou... faça melhor!
Laura B. Martins
Páginas de informação a visitar
Clique em cada uma e veja abaixo dos posts
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Se quer comentar, seja delicado.
Sinto-me no direito de apagar comentários indesejáveis.