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Laura B. Martins

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sábado, julho 10, 2010

Excepcionais (2)

(Dedicada ao Jr. e a todos os excepcionais)












Por excepcional te tenho, em conta.
Deficiente é quem te olha, quem te aponta,
inconsciente, e de franzido sobrecenho.

 

 

Os filhos excepcionais são como a perna doente
que anda sempre com a gente, embora doa demais.


Connosco ficam, naqueles tempos normais, em crianças;
jamais as suas andanças separam, pai e mãe, deles.

Segue-se uma juventude de apoio, lágrimas, dor.
Fazemos seja o que for... até mudar de atitude.

Contrariados, rogamos pragas ao Demo, ao futuro;
- Demónio, que te esconjuro! Mal vivendo, caminhamos.

Na meia idade, os projectos já são, ou se perspectivam,
concretos. Se realizam, sonhos de casais, nos netos.

E achamo-nos infelizes, por vivermos diferente
dos outros que, com a gente, lidam. Temos cicatrizes.

Há sacrifício diário, uma revolta latente.
Pensar que, sem nós, na frente de tais filhos... um calvário.

Mas, de repente, a magia especial, calma e vibrante
dum qualquer preciso instante faz, da nossa noite, dia.

Vai-te, desgosto profundo! Vai-te dor! Vai-te agonia!
Entramos em sintonia co'a missão tida no mundo.

Cumprimo-la, convencidos que «ao menino e ao borracho,
põe-lhe Deus a mão, por baixo». Vivamos, agradecidos!

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16/01/2004

Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

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