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Laura B. Martins

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segunda-feira, maio 10, 2010

Monstro










Existe um monstro medonho,
de unhas compridas e chifres,
dentes enormes. Suponho
que sempre o viste risonho...
e tal coisa não decifres.

Tem pelos, penas ou escamas...
ficção que alguém inventou.
Existe um monstro que inflamas,
quando dizes que me amas...
e, juntos, não resultou.

É o monstro da loucura,
ódio, rancor, incerteza,
canibalismo, amargura.
Eu sou um monstro, insegura.
É monstruosa, a tristeza!

Salta-me de qualquer canto.
Amedronta a minha noite.
Sonolenta, me levanto:
busco o meu terço, porquanto
não quero que em ti se acoite.

Vives feliz, e não sabes
quanta ansiedade insensata
há, neste peito onde cabes;
mas, disso nunca te gabes
porque, este monstro, te mata.

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11/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

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