O teu versátil modo, perdulário,
é maravilha de vocabulário
cujo lirismo jamais possuirei.
Os meus poemas simples, são apenas
palavras minhas, e nem sempre serenas.
Talvez inveje a tua verve, sim, não sei.
Sei que gosto de ler e usufruo
da tua veia artística; amuo,
pretendendo alcançar-te o pedestal.
Escreve poeta, para que eu aprenda
seguindo a sombra, pela tua senda.
Corrige-me, poeta, se andar mal!
Ensina a ver pelos olhos d'alguém
cuja poesia sempre se mantém
à tona, se o navio naufragar.
Diz-me poeta, como discernir...
Males do mundo... como me evadir
se os olhos nublam e teimam em chorar?
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3/02/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
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