Eu deixo as batatas na minha garagem
que é lugar sem sol e de pouca aragem.
Mas veio um malvado dum rato, inimigo;
comeu umas tantas. Parece castigo!
Danada da vida, monto a ratoeira
com chouriço e queijo; ali, à maneira.
Mas o salafrário do rato tinhoso
não quer cair nela; é bicho manhoso.
É rato sabido, não quer entender
que essa ratoeira mal não quer fazer.
Passeia-se à volta, deixa os seus cocós,
é-lhe indiferente e ri-se de nós.
É uma caixinha com grades de lata
para aprisionar. Aqui não se mata!
Se ele cair nela, irá viajar;
pego nele e deixo-o num outro lugar.
Talvez lá prò campo... bem longe de casa...
lá vai o ratito, que até vai na brasa.
Que triste é a vida do rato caseiro!
Ninguém o quer ter, nem sentir-lhe o cheiro.
Ó rato magano! Pra correr contigo
vou fazer o quê? Fingir que não ligo?
Ah! Monto uma firma que há muito imagino:
«Aluguer de gatos» - Negócio divino!
--------------------------------- que é lugar sem sol e de pouca aragem.
Mas veio um malvado dum rato, inimigo;
comeu umas tantas. Parece castigo!
Danada da vida, monto a ratoeira
com chouriço e queijo; ali, à maneira.
Mas o salafrário do rato tinhoso
não quer cair nela; é bicho manhoso.
É rato sabido, não quer entender
que essa ratoeira mal não quer fazer.
Passeia-se à volta, deixa os seus cocós,
é-lhe indiferente e ri-se de nós.
É uma caixinha com grades de lata
para aprisionar. Aqui não se mata!
Se ele cair nela, irá viajar;
pego nele e deixo-o num outro lugar.
Talvez lá prò campo... bem longe de casa...
lá vai o ratito, que até vai na brasa.
Que triste é a vida do rato caseiro!
Ninguém o quer ter, nem sentir-lhe o cheiro.
Ó rato magano! Pra correr contigo
vou fazer o quê? Fingir que não ligo?
Ah! Monto uma firma que há muito imagino:
«Aluguer de gatos» - Negócio divino!
17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
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