Sou aquele grito
infindo,
partindo da
profundeza...
Num casal tão
desavindo
que não encontra
beleza
na vida a dois, e
vai indo...
Sou o grito
estrangulado
na garganta das
que entendem
que,
num amor acabado,
ainda se
compreendem.
Mas...
é triste o resultado!
Sou o grito
atormentado
de quem,
conscientemente,
por não ter um
ordenado
morre à míngua e,
tristemente,
vai vivendo lado a
lado.
São gritos
d'amordaçadas,
de milhares de
mulheres
que se encontram
registadas.
Fazem vida de esmoleres,
ao casamento
amarradas.
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12/05/2003Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Muitas mais ficam por registar ou nem tem oportunidade para o fazer.
ResponderEliminarTraduzir o quotidiano para a poesia não é fácil, só mesmo a menina!