Tocando a sua
guitarra,
um esquilo,
transformou
a selva em coisa
bizarra;
pois nunca tal se
escutou.
Foi tão boa a
serenata
que a todos ele
espantou.
Sendo um esquilo
acrobata,
no chão é que ele
cantou.
A sua
amada, entretanto,
no alto da ramaria,
encantada com o
canto,
ao escutá-lo...
comia.
Até que, de
pança cheia,
gracejando do
amado,
enquanto se
bamboleia...
salta para outro
lado.
Agora,
esquilo-cantor,
ficaste como a
cigarra.
Perdeste comida...
amor...
ela quer ninho
sem farra.
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16/03/2004Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
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