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Laura B. Martins

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terça-feira, novembro 20, 2007

Brancas flores



Branca neve nos cabelos...
flores d'árvores, no chão.
Ninguém ouve os meus apelos...
Os meus ais, como contê-los?...
É gelo, o meu coração!

Se as pisarem, pisem leve;
porque as almas são mimosas
e, pisá-las, ninguém deve.
São um tapete tão breve...
de brancuras perfumosas.

Lindas e infelizes filhas
de mãe árvore possante.
Seus destinos - a mantilha,
natureza-maravilha,
que até na morte é fragrante.

Ai, de mim... ai, do meu ser...
Ai, de quem não tem amor...
Viver feliz não poder...
agnóstica, em ninguém crer...
Cinzento, é a minha cor!

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12/09/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sábado, novembro 10, 2007

Enquanto



Enquanto se veste
ao espelho virada,
enquanto se despe
de costas voltada,
por envelhecer
o corpo condena.
Já não é mulher
que dispõe, ordena.

Mais um ano passa...
e vê, descontente,
que quem hoje a abraça,
sorri e lhe mente.
Pelas costas nuas
sente um calafrio...
Diz verdades cruas
quem a possuiu.

Retira à idade,
talvez, 15 anos.
A leviandade
trouxe desenganos.
Pra casa, sozinha,
volta tão cansada!...
Cansada da vida...
da pele enrugada.

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23/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958