Mensagem para os visitantes

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Laura B. Martins

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sexta-feira, janeiro 10, 2014

Minha Senhora de Fátima!


Ó minha rica Senhora
de Fátima, protegei-nos!
Deixai que entremos no céu.
Venham a nós Vossos Reinos. 

Deixai viver nossa vida.
Afastai os pecadores.
Senhora, com tua mão,
trocai as balas por flores. 

Ó Imaculada Virgem,
protegei-nos as crianças.
Deixai-as livres no mundo;
longe das guerras, vinganças. 

O Paraíso perdido
mostrai, aos homens contritos.
Sede de novo, Senhora,
o socorro dos aflitos.
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13/05/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

terça-feira, dezembro 10, 2013

Água da esperança


Sou a água da esperança, sou algo de criativo,
sou um riso de criança, tenho valor. Sou um crivo
por onde passa a tristeza, sujidade e amarguras.
Brincar comigo é proeza; fazem comigo loucuras.

Sou um ser vivo, na Terra; mas algo de especial
tenho pois, faz menos guerra, quem me bebe. E, por sinal,
sou o líquido mais são; sem mim, ninguém sobrevive.
Não tenho graduação nem ninguém que me cultive.

Eu sou chuva na seara ressequida, alegria.
E, quando o céu se escancara, homens e terra sacia.
Sou boa de conduzir: riacho, rego ou levada,
lago, nascente a fluir... é fácil ter-me guardada.

Sou filha de Deus! Também quiseram contagiar-me.
Mas revivo porque alguém sempre ousa reciclar-me.
Sou, enfim, mola real na engrenagem do mundo.
Nascida com alto astral, tudo à volta eu fecundo.

Homens cruéis, pedras, ouro, consideram preciosos;
mas, destroem um tesouro, com mentes de criminosos.
Homens descrentes, os seus bens desperdiçam, sem ver
que a água provém de Deus. E foi Deus que a fez nascer.

Sou pôr do sol reflectido, mares de navegação;
meu íntimo abastecido de seres em profusão.
Não me nego a ninguém. Sou a vida! Sou bonança!
Movo oceanos por bem. Sou a água da esperança!
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19/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

quarta-feira, novembro 20, 2013

Excepcionais filhos (III)


Os filhos excepcionais, são gemas por lapidar.
Precisamos ser ourives para com eles lidar.

São diamantes em bruto, quais pedras, imperfeições.
Manda-os Deus para saber se aprendemos as lições.

São filhos nossos e d'Ele. Não se admitem pensamentos
tais como: - É bijutaria! Falhados investimentos!...

Testam a capacidade d'amar, de pais e avós.
Da nossa vida, um colar fazem com pérolas, nós.

São ouro branco, platina... jóias e não coisas tolas.
Peças d'arte que rebrilham muito mais que lantejoulas.

Parecendo embaciados aos outros, que os desconhecem,
refulgem qual céu estrelado a quem sabe que o merecem.
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31/12/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

domingo, novembro 10, 2013

O menino da mamã!


Nesta casa aconchegada,
onde a gente não se entende,
só na rua, alienados,
do dia a dia apartados
é que a gente não contende.

Faz pena ver um casal
que reúne as condições
fundamentais do amor
desentender-se e, supor,
só viver de frustrações.

Para que quero eu um homem
se, do trabalho da casa,
nada sabe nem se ajusta,
não aprende e barafusta,
só os meus nervos arrasa?

Eu já começo a pensar
que estava melhor sozinha.
Tu só és bom como amigo;
nem, ao menos, eu consigo
que um curso tires «de cozinha» (!!!)

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4/08/2007
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958

quinta-feira, outubro 10, 2013

Hotel


E vou, na minha senda progredindo,
na forma evolutiva do costume
de quem, contrariada, vai seguindo...
levando a vida com certo azedume.

No fundo, creio na obra divina.
 Sem dúvida aprecio a natureza.
Até no ser humano que aglutina
maldade e amor, eu encontro beleza.

A convivência a dois, no dia a dia,
é que se torna em luta sem quartel.
Nas minhas costas a casa vazia

do teu trabalho, parece um carrossel
onde eu, formiga, trabalho em demasia
num lar onde tu vives qual hotel.

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19/05/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958

sexta-feira, setembro 20, 2013

Mulher


Que podes tu fazer, homem de Deus,
que eu não seja capaz de te igualar?
À força bruta que tens nos braços teus,
eu contraponho a astúcia no lidar.

Que podes tu fazer, homem de Deus,
mais que a capacidade feminina?
Desilude-te! Todos somos pigmeus
perante a vida humana. Essa é Divina!

Vives num doce enlevo, embalado
p'lo frágil ser que a vida te acompanha.
Mulher e mãe conservam-se a teu lado;

mas queres reduzi-las à peanha
sobre a qual, em Deus grego transformado,
a mão amiga se fere e se abocanha.

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10/10/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958

terça-feira, setembro 10, 2013

Amordaçadas


Sou aquele grito infindo,
partindo da profundeza...
Num casal tão desavindo
que não encontra beleza
na vida a dois, e vai indo... 

Sou o grito estrangulado
na garganta das que entendem
que, num amor acabado,
ainda se compreendem.
Mas... é triste o resultado! 

Sou o grito atormentado
de quem, conscientemente,
por não ter um ordenado
morre à míngua e, tristemente,
vai vivendo lado a lado. 

São gritos d'amordaçadas,
de milhares de mulheres
que se encontram registadas.
Fazem vida de esmoleres,
ao casamento amarradas.
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12/05/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sábado, agosto 10, 2013

Sinceramente!...


Sodoma e Gomorra, a Bíblia conta,
eram cidades pecadoras. Tanta afronta,
Deus e os Santos não puderam tolerar.
Não lhes deixaram viva alma pra contar. 

Sinceramente!... Está o mundo a regredir.
Essa escabrosa história pode repetir?
O mundo vai perdendo as estribeiras…
escavam no mesmo assunto, quais toupeiras. 

Sinceramente, receio que se repita
o mesmo caso. Creio ser bom que se admita
já ser demais esta mania do nudismo...
a dar ao mundo este jeito de anarquismo. 

Sinceramente, estou farta de aliciamento!
Sinceramente, estou cansada do aumento
dos filmes, da TV, tantos anúncios
que nos atiram sexo em bons prenúncios(!) 

Sinceramente, é bom o prazer comprado?
Sinceramente, deve ser anunciado
amor em frascos de perfume e condimentos?
Do perigoso e livre sexo, envolvimentos? 

Sinceramente, porque teimam em lembrar
tudo que ninguém esquece, mesmo se tentar?
Sinceramente, porque teimam em vender
amor à força, se é tão lindo o seu nascer? 

Deixem que apure, em lume brando, os meus sentidos,
quando a paixão aguça os sexos. Atrevidos
e doces beijos são roubados, entretanto,
num bar, ao fundo; ou num jardim... nalgum recanto(!...)
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8/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sábado, julho 20, 2013

Espantalho espantado


Sinto-me um espantalho
e vivo espantada;
de monstros medonhos
e chamas cercada.
A seara ardeu...
as serras também.
Que me aconteceu?
Não sabe ninguém!
Foram-se-me os ramos
d'árvores amigas.
Quem me paga os danos?
Já não guardo espigas!
Manta de retalhos,
veste enegrecida,
queimada no fogo
que me poupa a vida.
Espantalho de luz,
ardido de sol.
Quem, por entre o fumo,
me leve e console?
Já não espanto as aves
porque aves não há.
Quem devia arder,
não se encontra cá!
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30/07/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

quarta-feira, julho 10, 2013

Terra queimada - Portugal


Era uma vez um país
tão pequenino e perdido,
junto ao mar, longe, feliz...
que foi queimado, vencido. 

Anotado em Escrituras
Santas, séculos aquém...
predições de diabruras...
mortes p'lo fogo, também. 

Ai, Portugal... minhas serras...
minha pátria. Tantas vidas
com pestes, fomes e guerras, 

foram menos agredidas.
Só Nero, nas suas terras,
cantou cidades ardidas.
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4/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

segunda-feira, junho 10, 2013

Fogaréus


Arquejam continentes, sufocados,
no avançar do fogo ininterrupto.
Soluçam os poetas, consternados,
por verem mais além do que o corrupto. 

Erguem-se vozes, a medo, em assembleias.
Os ambientalistas gesticulam.
Povos gritam não lhes correr nas veias
sangue de interesseiros, que pululam. 

Assim caminha o mundo, mutilado,
esquecido do que é um paraíso;
respirando ar impuro, conformado, 

mas desligado de Deus, do seu aviso.
Está prestes o Final, e o sagrado
"subir aos céus", no Dia do Juízo.
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31/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

segunda-feira, maio 20, 2013

Desculpa-me, bombeiro!


Desculpa-me bombeiro, se não tenho
capacidades natas de escritora.
Desculpa-me bombeiro, se não venho
escrever, sobre ti, palavras de doutora. 

Desculpa-me bombeiro, eu não sou
a poetisa ideal pra te cantar.
Desculpa-me bombeiro, se não vou,
nas emergências, teus fogos apagar. 

Perdoa-me, bombeiro. Eu não entendo
o que te faz travar a luta horrenda
contra o monstro vermelho, atiçado
por mãos que te transformam numa lenda. 

Combate-o, bombeiro. Ao criminoso
que os nossos olhos não vêm, escondido
numa casa ou floresta e, pavoroso,
ergue-se ante os teus olhos, num rugido. 

Homem-bombeiro... de tudo desprovido.
Um jacto d'água é lança, e alimento.
Homem anoitecido... amanhecido...
que morre, ou consegue o seu intento. 

BOMBEIROS! Mereciam mais que um hino.
Sem nome, lutam como ninguém faz.
Porque quando, a rebate, toca o sino,
prà guerra vão os soldados da paz.
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5/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sexta-feira, maio 10, 2013

Utopias


Vou falar de utopias, minha gente,
porque tenho uma ideia diferente
em relação ao outros, aos demais.
Vou falar da moeda justa «A TROCA»,
do «ESPERANTO», a língua poliglota;
ambos fariam felizes os mortais. 

Que ao homem se permita trabalhar
e, daquilo que precisa, no trocar,
veja as necessidades bem supridas.
Moedas, geradoras de cobiça,
terminariam. Haveria justiça!
Condições para guerras - suprimidas! 

Da fala, e dos seus impedimentos,
acabava-se tudo. Complementos
seriam: cada língua - seu país.
Idiomas diversos mas, também,
estudar o Esperanto; e ninguém
devia recusar ser seu aprendiz. 

São loucos os poetas, sonhadores.
Temos ideias boas, quais doutores
e engenheiros que, na prática, aborrecem.
São poesias, bem pouco funcionais;
imaginando serem coisas reais,
levamos sonhos àqueles que os esquecem.
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18/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

domingo, fevereiro 10, 2013

Euro 2004



Pois é! Há futebol no meu país.
Não gosto. É aquilo que eu não quis
ver na minha TV, nem no estádio.
Jamais li um artigo sobre bola;
quem gosta... sempre achei que era estarola.
Vivo a mudar as estações do meu rádio. 
 

Mas o Euro chegou, em plenitude.
Apesar de manter esta atitude
em relação à bola, sou vaidosa. 
Então, entrei na dança da bandeira;
e, na janela do sótão, altaneira,
ondula uma bem grande, esplendorosa. 
 

Perdemos a moeda portuguesa!
Do mais que perderemos, com certeza,
ninguém sabe dizer-nos... ou não quer.
Pois que flameje a bandeira portuguesa,
de 5 quinas ao vento. Chama acesa
enquanto pode ter escudo e ser mulher. 
 

Não faço propaganda ao futebol.
Mas quando penso em estrangeiros, e no rol
de turistas em número anormal...
Inflama-se-me o peito d'altivez:
- Aqui, senhores, é solo português!
- Aqui, senhores, se chama: PORTUGAL!
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10/06/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

domingo, janeiro 20, 2013

Que os sinos de Portugal...

 
Que os sinos da minha terra jamais deixem de saber
marcar as horas do dia, para a gente se mexer
ao ritmo deles, e andarmos de corações descansados,
sem pressas demasiadas ou, em horas, atrasados. 

Que os sinos da minha terra jamais parem de cantar.
É como viver no campo... e o sino a cantarolar
chamando os fiéis à missa para entoarem louvor,
rezar de forma castiça, erguer as mãos ao Senhor. 

Que os sinos da minha terra jamais deixem de se ouvir.
É como viver na aldeia... onde o sino ousa carpir
por quem morreu; e, no céu, vai ouvir anjos tocar.
E, os sinos da minha terra... ajudando... a badalar. 

Que os sinos da minha terra jamais tenham inimigos.
Que o padre e a população sejam deles muito amigos.
Quem vem para aqui viver, deve saber comportar-se;
a ninguém aborrecer e, às regras, ajustar-se. 

Que os sinos de Portugal possam ouvir-se no mundo.
E, em todo o Universo, saibam donde é oriundo
um som tão convidativo que leva para a Igreja
todos os povos unidos, e sem guerras. Assim seja!
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23/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

quinta-feira, janeiro 10, 2013

«Made in Portugal»

 
É o "Dia da Mulher" !
Vou aqui apresentar-me:
Quem quiser, lê. Quem não quer..... (
ghjk9)

Sou mulher simples, vivida,
com bastantes anos d'uso.
Ainda bem parecida!

Sou mulher pouco pintada;
riso aberto, jovial,
franca. Um tanto abrejeirada (!)

Trago nos olhos a alma
das portuguesas d'outrora.
Ninguém lhes levava a palma!

Morena, viva, nervosa,
de coração Lisboeta;
em verso expressa, ou em prosa.

Sou a mulher portuguesa,
de estatura mediana;
nem magrinha nem obesa.

Sou produto dum país
pequenino, à beira-mar.
Sal é a minha raiz!
 
Sou produto nacional.
Sou a marca registada.
Eu sou «Made in Portugal»
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8/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Ele há cada uma!!!!!!


Tem vaca no banho? Mas que grande pinta!
As tetas cheirosas, lavada, distinta...
Tem vaca banhada? Coisa divinal!
Mas, o leite aguado... Parecerá mal? 

Saracoteando-se, a vaca malhada,
canta enquanto espalha água, estabanada.
As ventas abertas, num olho o xampu...
talvez chateada, diz mu-u-u-u! 

Na cauda, bem presa, ela a escova empurra.
Será que se banha com leite de burra?
Esta D. Vaca, automatizou-se. 

Para quem gostar, tem leite já doce.
Em vez do sabão que só faz espuma,
lava-se com mel. Ele há cada uma!
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27/05/2005
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958