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Laura B. Martins

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sábado, julho 20, 2013

Espantalho espantado


Sinto-me um espantalho
e vivo espantada;
de monstros medonhos
e chamas cercada.
A seara ardeu...
as serras também.
Que me aconteceu?
Não sabe ninguém!
Foram-se-me os ramos
d'árvores amigas.
Quem me paga os danos?
Já não guardo espigas!
Manta de retalhos,
veste enegrecida,
queimada no fogo
que me poupa a vida.
Espantalho de luz,
ardido de sol.
Quem, por entre o fumo,
me leve e console?
Já não espanto as aves
porque aves não há.
Quem devia arder,
não se encontra cá!
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30/07/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

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