Mensagem para os visitantes
Vamos divagar e esquecer os vossos problemas? Entrem e sentem-se, por favor.
Fiquem à vontade para entrar no meu mundo das histórias em verso.
Obrigada pela carinhosa visita.
Se gostou, comente.
Se não gostou... faça melhor!
Laura B. Martins
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Laura B. Martins
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terça-feira, agosto 10, 2010
Dia de faxina
Ai, que tristeza me dá ao ver um homem deitado!...
Se for cansaço... inda vá! Mas, por preguiça... Coitado!
Pobres de espírito, esquecem de exemplos aos filhos dar.
Filhas, com mães se parecem. Filhos... onde ir copiar?
Há homens que se comprazem no lar: comer e dormirem.
Há mulheres que tudo fazem. As coitadas... que se virem!
Cargas nas costas, tormentos; tanta coisa prà atender.
Martírios de casamentos. Como com eles viver?
Vidas a dois, se desdobram num constante guerrear.
Se os homens sexo lhes cobram... Nada têm pra ofertar!
Mulher, um ser delicado, funciona 100%
se um homem for dedicado à casa e ao casamento!?!?
E desligar a TV, por favoooooor!!!!!!
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21/07/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
terça-feira, julho 20, 2010
Escrever... de manhã.
Assim, eu me demoro p'la manhã...
em nostalgias, e camisa de dormir.
Na madrugada fresca, uma maçã
trincando, ouvindo abelhas a zunir.
Olhando p'la janela a passarada,
vai e vem de cores, pressas, desatinos...
Saudosa, lembro a época passada
dos filhos homens, ainda pequeninos.
O sol rompe a neblina, esplendoroso.
Recorda mais um dia no começo.
Voando, um melro transporta, carinhoso,
pauzinhos para o ninho, e me enterneço.
Formigas, num carreiro apressado.
Osga chapada, no muro já bem quente.
Enquanto um bando de pombos, no telhado,
alisa as penas. Ao longe passa gente.
Recolho um vestido no varal
pendurado, indolente, a balançar.
Céleres correm as horas, pra meu mal;
nada escrevi, distraída a observar.
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28/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sábado, julho 10, 2010
Excepcionais (2)
(Dedicada ao Jr. e a todos os excepcionais)
Por excepcional te tenho, em conta.
Deficiente é quem te olha, quem te aponta,
inconsciente, e de franzido sobrecenho.
Os filhos excepcionais são como a perna doente
que anda sempre com a gente, embora doa demais.
Connosco ficam, naqueles tempos normais, em crianças;
jamais as suas andanças separam, pai e mãe, deles.
Segue-se uma juventude de apoio, lágrimas, dor.
Fazemos seja o que for... até mudar de atitude.
Contrariados, rogamos pragas ao Demo, ao futuro;
- Demónio, que te esconjuro! Mal vivendo, caminhamos.
Na meia idade, os projectos já são, ou se perspectivam,
concretos. Se realizam, sonhos de casais, nos netos.
E achamo-nos infelizes, por vivermos diferente
dos outros que, com a gente, lidam. Temos cicatrizes.
Há sacrifício diário, uma revolta latente.
Pensar que, sem nós, na frente de tais filhos... um calvário.
Mas, de repente, a magia especial, calma e vibrante
dum qualquer preciso instante faz, da nossa noite, dia.
Vai-te, desgosto profundo! Vai-te dor! Vai-te agonia!
Entramos em sintonia co'a missão tida no mundo.
Cumprimo-la, convencidos que «ao menino e ao borracho,
põe-lhe Deus a mão, por baixo». Vivamos, agradecidos!
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16/01/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Por excepcional te tenho, em conta.
Deficiente é quem te olha, quem te aponta,
inconsciente, e de franzido sobrecenho.
Os filhos excepcionais são como a perna doente
que anda sempre com a gente, embora doa demais.
Connosco ficam, naqueles tempos normais, em crianças;
jamais as suas andanças separam, pai e mãe, deles.
Segue-se uma juventude de apoio, lágrimas, dor.
Fazemos seja o que for... até mudar de atitude.
Contrariados, rogamos pragas ao Demo, ao futuro;
- Demónio, que te esconjuro! Mal vivendo, caminhamos.
Na meia idade, os projectos já são, ou se perspectivam,
concretos. Se realizam, sonhos de casais, nos netos.
E achamo-nos infelizes, por vivermos diferente
dos outros que, com a gente, lidam. Temos cicatrizes.
Há sacrifício diário, uma revolta latente.
Pensar que, sem nós, na frente de tais filhos... um calvário.
Mas, de repente, a magia especial, calma e vibrante
dum qualquer preciso instante faz, da nossa noite, dia.
Vai-te, desgosto profundo! Vai-te dor! Vai-te agonia!
Entramos em sintonia co'a missão tida no mundo.
Cumprimo-la, convencidos que «ao menino e ao borracho,
põe-lhe Deus a mão, por baixo». Vivamos, agradecidos!
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16/01/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quinta-feira, junho 10, 2010
Perfumes naturais
Hoje, acordei cedinho. Perfumado
tinha o quarto; suavemente doce.
Abri as persianas. Sossegado,
parado o vento, como se nada fosse.
Só a ligeira brisa, de marota,
transportava no corpo tal odor.
Entrava pelas frestas, qual garota
com ar jovem, feliz, renovador.
Vestia belo manto, espesso, leve,
(com flores mil e uma - é Primavera);
de jasmins, o toucado cor de neve.
Há, talvez, na brancura que exagera,
um certo ar d'Inverno. Mas, em breve,
doutras flores, a cor nos recupera.
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2/04/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quinta-feira, maio 20, 2010
Desculpem o atraso
Conheço bem a sala do banquete:
tons de camurça e beige. Uma lareiracrepita ao fundo, e dá um certo ar.
Acolhedora e chique vai dar-me um ralhete
a nossa anfitriã, de brincadeira,
por ter chegado tarde pra jantar.
Ouvem-se vozes, num sussurro indiscreto.
Há um piano, à esquerda de quem entra...
bela carpete, macia no pisar.
Vou beijando um a um com muito afecto.
Junto à janela, um grupo se concentra
em desafios de lindo versejar.
Indiferente, ao piano alguém se senta,
disposto a recordar, espairecer,
nos sons deixar-se embriagar.
É fascinante, a música que tenta
inconscientemente oferecer...
não buscar perfeição para agradar.
Talvez eu seja antiga no meu gosto,
de música-ambiente e de conforto.
Talvez eu seja antiga no trajar.
Mas amo dum amigo ver o rosto,
semi-cerrar os olhos e, absorto,
nos píncaros da lua poetar.
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21/02/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
segunda-feira, maio 10, 2010
Monstro
Existe um monstro medonho,
de unhas compridas e chifres,
dentes enormes. Suponho
que sempre o viste risonho...
e tal coisa não decifres.
Tem pelos, penas ou escamas...
ficção que alguém inventou.
Existe um monstro que inflamas,
quando dizes que me amas...
e, juntos, não resultou.
É o monstro da loucura,
ódio, rancor, incerteza,
canibalismo, amargura.
Eu sou um monstro, insegura.
É monstruosa, a tristeza!
Salta-me de qualquer canto.
Amedronta a minha noite.
Sonolenta, me levanto:
busco o meu terço, porquanto
não quero que em ti se acoite.
Vives feliz, e não sabes
quanta ansiedade insensata
há, neste peito onde cabes;
mas, disso nunca te gabes
porque, este monstro, te mata.
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11/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sábado, abril 10, 2010
Pequenas felicidades
A minha rua é pequena;
mas não invejo as maiores.
Sou feliz e vejo nela
pormenores sedutores.
Não tem palmeiras da praia,
mas tem outras. Na verdade,
trazem um pouco de verde
ao concreto da cidade.
Quando espreito da janela,
procurando a lua cheia,
vejo a lua pequenina
que em cada poste se ateia.
Talvez a água corresse
em tempos idos.. outrora.
Imagino-a nas torneiras;
onde, capturada, chora.
Tenho esta capacidade:
o que vejo transfiguro.
Não vou morrer p'lo passado...
Quero viver o futuro!
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10/09/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sábado, março 20, 2010
Quanto basta(q.b.)
Já nada espero da vida;
pra mim, tem sido madrasta.
De felicidade havida,
nem sequer um q.b. (quanto basta).
Das mãos cheias de esperanças
com que vim a este mundo,
só me restam as lembranças;
e, no passado me afundo.
Estrelas, vejo-as no céu.
Hoje, já nem as alcanço.
Sonhos, saco que rompeu.
Faço da vida o balanço.
Recordações, quantas tenho
no meu baú, bem guardadas?
De pensar nelas me abstenho.
Tremo de as ver desbotadas.
Vejo-as desfeitas, em pó;
e, perdendo as estribeiras,
eu morro. Vestem-me só
um lençol sem algibeiras.
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20/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quarta-feira, março 10, 2010
Anjo-Demónio
Dentro de mim, eu sei, há um demónio
que prospera enquanto me arruina.
Se canta, dança e toca num harmónio...
isso já eu entendo - é minha sina!
Sorte de cada um! É complicado
saber o que escreveu Deus, e não leu.
Deixou nas minhas mãos um atestado...
caligrafia que nem mesmo Ele entendeu.
Traçou, com linhas tortas e direitas
nas mãos, quanto lhe aprouve oferecer-me.
E vieram ciganas, contrafeitas,
dizer nada de bom terem pra ler-me.
Ah! Destino cruel, impiedoso!
Ah! Monstro de chifres afiados!
Porque me atiras num charco pantanoso
e me carregas, nas costas, os pecados?
Enquanto isso, tu sondas-me, investigas;
iludes-me, dizendo ser eterno
um caminho de flores. São urtigas!
Pretendes que mergulhe no Inferno!
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11/08/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
Primavera invernosa
Que triste se me afigura o céu cinzento
quando nas frinchas das janelas sopra o vento,
a chuva gélida cai no empedrado...
Que triste dia onde o sol não despontou,
só castelos de nuvens arrumou...
de nevoeiro, o horizonte está toldado.
Há nuvens baixas, ao meio cortando a serra;
fantasmagórica paisagem que, na terra,
invade tristemente os corações.
Um avião, lá bem no alto, sobrevoa
a minha casa. Não se vê, somente atroa
os ares, e do sol possui visões!
Fechada no conforto do meu lar
vêm, à mente, os pensamentos assomar,
e conjecturo sobre a felicidade.
Devia ser feliz! Há muita gente
a morar em barracas e, contente,
reage bem à infelicidade!
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24/03/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quarta-feira, janeiro 20, 2010
Ao espelho
É assim que morre o sonho...
o corpo... a alma da gente.
Assim se morre, suponho,
dia a dia, impunemente.
Quem assim tanto repara,
se preocupa ao espelho,
na sua mágoa declara
«desgosto de ficar velho»,
é porque não tem ao lado
alguém para se amparar
e rir, do facto gozado,
de ter tudo a desabar.
Destino é pra ser levado
pouco a sério, a brincar.
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19/10/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
domingo, janeiro 10, 2010
Rosto marcado
No rosto ostento as marcas do destino
e, nos cabelos, os traços dum passado.
Olheiras, são da noite em desatino,
quando os sonhos se deitam ao meu lado.
Encontram-se as tormentas, trovoadas,
no meu leito; tremendas e medonhas.
Esvoaçam na mente, endiabradas
aves de negras penas e vergonhas.
Há finos ramos quais braços desnudados,
iguais a trepadeiras que amarinham !...
São rugas. Amoreiras em valados...
Em vez de frutos darem, me definham.
Cruel destino d'águia sedutora,
em cujas asas me afasto, no infinito.
Voamos livres. Sou eu a condutora
à terra firme presa, num conflito.
Deixam as sombras no olhar entrever
que a rubra boca vai soltar-se, tagarela.
Mas, no receio do que possam dizer,
a sete chaves me fecho: eu e ela!
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9/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Portugal chora
Minha pátria está de luto...
vestindo roupa vermelha.
Num desgoverno absoluto,
o fogo gerou centelha
após centelha e consome
montes, prados e floresta.
Sem haver alguém que o dome,
casas, quintas, nada resta.
Chora Portugal, país
pelo sol atraiçoado
num calor que é chamariz...
Verão amaldiçoado!
Plantaram séries de fogos,
criminosas mãos, de ateus.
Olvidando os nossos rogos,
trovoadas, mandou Deus!
Chora Portugal, que a cor
rubra percorrendo os montes
é um prenúncio de dor...
Esfumaçados horizontes.
Chora Portugal, as tuas
riquezas carbonizadas...
Populações evacuas,
das aldeias calcinadas.
Chora Portugal, os teus
homens sem medo, proscritos;
pelos fogos, quais pigmeus,
pereceram, circunscritos.
Portugal chora! E o povo,
impotente, ouviu dizer
ao governo velho, e novo,
não mais isto acontecer.
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2/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
vestindo roupa vermelha.
Num desgoverno absoluto,
o fogo gerou centelha
após centelha e consome
montes, prados e floresta.
Sem haver alguém que o dome,
casas, quintas, nada resta.
Chora Portugal, país
pelo sol atraiçoado
num calor que é chamariz...
Verão amaldiçoado!
Plantaram séries de fogos,
criminosas mãos, de ateus.
Olvidando os nossos rogos,
trovoadas, mandou Deus!
Chora Portugal, que a cor
rubra percorrendo os montes
é um prenúncio de dor...
Esfumaçados horizontes.
Chora Portugal, as tuas
riquezas carbonizadas...
Populações evacuas,
das aldeias calcinadas.
Chora Portugal, os teus
homens sem medo, proscritos;
pelos fogos, quais pigmeus,
pereceram, circunscritos.
Portugal chora! E o povo,
impotente, ouviu dizer
ao governo velho, e novo,
não mais isto acontecer.
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2/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sexta-feira, novembro 20, 2009
Vão trabalhar, malandros!
Dos patetas dos doutores, são tantas as atoardas
que vos digo, meus senhores: São histórias com grandes barbas:
Já estamos habituados a ler jornais, ver TV,
esperando ser informados mas, só broncas, ninguém crê!
Agora é "Flexigurança", dum «primeiro» visionário
que nos faz entrar na dança, deixa o país ao contrário.
Ó Senhor Primeiro Ministro não vá, de novo, ao estrangeiro.
Traz ideias, vem sinistro... O país não tem dinheiro!
Quer comparar Portugal à Dinamarca? À Holanda?
Dê-nos um subsídio igual!... A sua ideia tresanda!!!!!
Proponha uma aliança com cada país citado.
Se houver condições... lá vamos, à procura de ordenado!
Só ficam os reformados aqui, para atrapalhar.
Olhe, pegue aprisionados e ponha-os a trabalhar!?!?!?
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28/11/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
que vos digo, meus senhores: São histórias com grandes barbas:
Já estamos habituados a ler jornais, ver TV,
esperando ser informados mas, só broncas, ninguém crê!
Agora é "Flexigurança", dum «primeiro» visionário
que nos faz entrar na dança, deixa o país ao contrário.
Ó Senhor Primeiro Ministro não vá, de novo, ao estrangeiro.
Traz ideias, vem sinistro... O país não tem dinheiro!
Quer comparar Portugal à Dinamarca? À Holanda?
Dê-nos um subsídio igual!... A sua ideia tresanda!!!!!
Proponha uma aliança com cada país citado.
Se houver condições... lá vamos, à procura de ordenado!
Só ficam os reformados aqui, para atrapalhar.
Olhe, pegue aprisionados e ponha-os a trabalhar!?!?!?
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28/11/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
terça-feira, novembro 10, 2009
Molhos de nabos... cunhados!
(vão virar moeda rara, para coleccionadores)
E as cunhas continuam!...Já parece um folhetim
daqueles bem brasileiros.
Só não me tocam a mim.
Ai, que pena! - digo eu.
Que pena! - dizemos nós.
Chamamo-las, mas não vêm.
Não ouvem a nossa voz.
E há «cunhas» nos partidos,
'inteiros', oposição.
«Cunhas» na vida privada e...
nas Comunidades, não?
São as «cunhas» na Justiça
e na injustiça também.
São d'hoje, ontem, amanhã...
bem «frescas», sabemos bem.
'Frescos' os «molhos de nabos»
infiltrados por aí.
Julgam-me d'olhos tapados?
Não estou, não. Eu bem vos vi!
Topo-os a todos, à légua,
ao longe, ao pé, a dormir.
Por serem 'cunhados' vão
do 'Entroncamento' vir.
-------------------------
Nabiça nº 000 desta Soc. Port. de Nabos
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1/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
http://laurabmartins13.blogs.sapo.pt
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Este poema merece uma explicação relativa à palavra Entroncamento.
Entroncamento: nome duma terra portuguesa onde é costume aparecerem uns quantos fenómenos.
Ex.: abóboras descomunais, nabos tamanhões, couves gigantes, etc.
sábado, outubro 10, 2009
Natal de «prendas fugitivas»
É mais um ano d'aperto nos cordões
das bolsas. Muito cheios de chavões
abrimo-las, e encontramos 'nada',
Vemos almoços e jantares de pessoas
a comer tantas, tantas, tantas coisas boas...
e pelos pobres passam... mão fechada.
Natal de portugueses despedidos!
As fábricas fechadas, de bandidos
patrões, cuja falência fraudulenta
traz um Natal sem prendas e ilusões.
O pobre não entende, ele, as razões
que o deixam bem mais pobre... e se atormenta.
No sapato, já roto, ao ver o pé,
chora, porque outros há, sem chaminé,
mas que, por dia, até comem uma vez.
Vem da mendicidade o alimento;
mas, este pobre, não encontra sustento
porquanto esconde as faltas, a escassez.
De peditórios é um não acabar mais...
Nas ruas, e centros comerciais,
há gente que nos olha, magoada.
Pobreza envergonhada e encoberta...
De novo, em contentores, vejo aberta
a tampa... e a miséria debruçada.
Também terão só «prendas fugitivas»
aqueles que, reformas punitivas,
recebem todo o ano, mês a mês.
Castigos de quem sempre trabalhou...
durante toda a vida descontou...
Sem dúvida, é um Natal português!
--------------------------
12/12/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
das bolsas. Muito cheios de chavões
abrimo-las, e encontramos 'nada',
Vemos almoços e jantares de pessoas
a comer tantas, tantas, tantas coisas boas...
e pelos pobres passam... mão fechada.
Natal de portugueses despedidos!
As fábricas fechadas, de bandidos
patrões, cuja falência fraudulenta
traz um Natal sem prendas e ilusões.
O pobre não entende, ele, as razões
que o deixam bem mais pobre... e se atormenta.
No sapato, já roto, ao ver o pé,
chora, porque outros há, sem chaminé,
mas que, por dia, até comem uma vez.
Vem da mendicidade o alimento;
mas, este pobre, não encontra sustento
porquanto esconde as faltas, a escassez.
De peditórios é um não acabar mais...
Nas ruas, e centros comerciais,
há gente que nos olha, magoada.
Pobreza envergonhada e encoberta...
De novo, em contentores, vejo aberta
a tampa... e a miséria debruçada.
Também terão só «prendas fugitivas»
aqueles que, reformas punitivas,
recebem todo o ano, mês a mês.
Castigos de quem sempre trabalhou...
durante toda a vida descontou...
Sem dúvida, é um Natal português!
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12/12/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
domingo, setembro 20, 2009
Ministros sem travões
Estava eu tão sossegada,
sentada à mesa, a jantar,
quando a TV, por piada,
deu algo de aos céus bradar.
A notícia era valente.
A TVI, encantada,
mostrava os ministros, gente
sem regras, a andar na estrada.
Na estrada... em povoações...
dentro da própria cidade...
Ministros; sem intenções
mas em actos, de verdade!
Arrancam a mais de 100,
os ministros portugueses
que perderam os travões.
E multas? Nenhumas vezes!?!?
As curvas fora de mão...
ultrapassam p'la direita...
Da carta de condução
pouco, ou nada, se aproveita.
Não se esqueçam desta regra
que, dum ministro, lhes passo:
- Façam todos o que eu digo;
mas, não façam o que eu faço!
--------------------------
2/04/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sentada à mesa, a jantar,
quando a TV, por piada,
deu algo de aos céus bradar.
A notícia era valente.
A TVI, encantada,
mostrava os ministros, gente
sem regras, a andar na estrada.
Na estrada... em povoações...
dentro da própria cidade...
Ministros; sem intenções
mas em actos, de verdade!
Arrancam a mais de 100,
os ministros portugueses
que perderam os travões.
E multas? Nenhumas vezes!?!?
As curvas fora de mão...
ultrapassam p'la direita...
Da carta de condução
pouco, ou nada, se aproveita.
Não se esqueçam desta regra
que, dum ministro, lhes passo:
- Façam todos o que eu digo;
mas, não façam o que eu faço!
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2/04/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quinta-feira, setembro 10, 2009
Conversa fiada
- Serão quantas as gerações futuras?
Estas e outras perguntas, já maduras
de tanto pensarmos nelas, mas em vão
nos assolam a mente entorpecida.
Talvez por estar chegando o fim da vida,
tolda-se o pensamento e a visão.
Há um momento certo para tudo.
Não terás, tu, razão pra ser telhudo
ou eu, por utopias abraçar.
Está no meio a virtude, e a balança
não deverá pender para quem cansa
nem para quem tem pressa de avançar.
Sentemo-nos sem zangas, alaridos
e organizemos ideias. Prometidos
estão, desde já, os rumos a traçar.
Façamos um poema à razão
e, com os pés bem assentes no chão,
vejamos porquê tanto discursar.
Até agora, tudo que escrevi
foi conversa política. Bem vi
palavras serem somente, a acumular.
Igual aos governantes que hoje falam;
confundem-nos, e a verdade calam.
Fecham o microfone a terminar.
blá… blá… blá… blá…
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18/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Estas e outras perguntas, já maduras
de tanto pensarmos nelas, mas em vão
nos assolam a mente entorpecida.
Talvez por estar chegando o fim da vida,
tolda-se o pensamento e a visão.
Há um momento certo para tudo.
Não terás, tu, razão pra ser telhudo
ou eu, por utopias abraçar.
Está no meio a virtude, e a balança
não deverá pender para quem cansa
nem para quem tem pressa de avançar.
Sentemo-nos sem zangas, alaridos
e organizemos ideias. Prometidos
estão, desde já, os rumos a traçar.
Façamos um poema à razão
e, com os pés bem assentes no chão,
vejamos porquê tanto discursar.
Até agora, tudo que escrevi
foi conversa política. Bem vi
palavras serem somente, a acumular.
Igual aos governantes que hoje falam;
confundem-nos, e a verdade calam.
Fecham o microfone a terminar.
blá… blá… blá… blá…
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18/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
segunda-feira, agosto 24, 2009
Receita genial!
Chego tarde! Mas cá estou
a comentar a ementa
que o PS apresentou.
Prato que nem se requenta
Caldinho confeccionado!
Cozinheiro eficiente!
O PSD lesado!
Viva o nosso PRESIDENTE!
Agora, já aprendi
que ao dar riscado o meu voto
pouco ou nada consegui.
A azedo, depois, arroto!
"Tá na cara", (à brasileira),
Presidente espertalhão,
que passou boa rasteira
ao Santana, parvalhão (...)
Não reparou na armadilha
que lhe pregavam, faceiros.
Com sorrisos, a pandilha,
o tramava.. Trapaceiros!
Não soube fazer campanha!...
Estava desorganizado.
E o partido, assim, apanha
nas lonas. Um mau bocado!
Os parabéns, quero dar
ao dono de tal receita.
E, para a confeccionar,
um presidente se ajeita.
Entretanto, reergueu-se,
PS desgovernado.
Deram-lhe tempo: excedeu-se
na campanha. É premiado!
Mas não julguem, meus senhores
que os portugueses são tolos.
Dos votos ficam credores;
deram-nos "papas e bolos" (!?!?!)
------------------------------------------
(para quem desconhece o ditado português:
"Com papas e bolos se apanham os tolos"... aqui fica a explicação)
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1/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
a comentar a ementa
que o PS apresentou.
Prato que nem se requenta
Caldinho confeccionado!
Cozinheiro eficiente!
O PSD lesado!
Viva o nosso PRESIDENTE!
Agora, já aprendi
que ao dar riscado o meu voto
pouco ou nada consegui.
A azedo, depois, arroto!
"Tá na cara", (à brasileira),
Presidente espertalhão,
que passou boa rasteira
ao Santana, parvalhão (...)
Não reparou na armadilha
que lhe pregavam, faceiros.
Com sorrisos, a pandilha,
o tramava.. Trapaceiros!
Não soube fazer campanha!...
Estava desorganizado.
E o partido, assim, apanha
nas lonas. Um mau bocado!
Os parabéns, quero dar
ao dono de tal receita.
E, para a confeccionar,
um presidente se ajeita.
Entretanto, reergueu-se,
PS desgovernado.
Deram-lhe tempo: excedeu-se
na campanha. É premiado!
Mas não julguem, meus senhores
que os portugueses são tolos.
Dos votos ficam credores;
deram-nos "papas e bolos" (!?!?!)
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(para quem desconhece o ditado português:
"Com papas e bolos se apanham os tolos"... aqui fica a explicação)
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1/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
segunda-feira, agosto 10, 2009
Mudanças à portuguesa!
(Após o 25 de Abril)
Quase... eram horas de mudar!?Seria inveja daquela paz profana?
Oh! Como a gente não soube apreciar!...
Ter pouco... sem lutar;
ou ter muito sacana!
E a bandeira ao vento flamejando!...
Coitada, a perguntar,
a quantos perturbando?...
Louca mania de mudar, tirando,
(após o 25), tudo do seu lugar.
Quem sabe, as quinas brilhantes,
também se possam vender
a quem oiro parecer?
Já nada é como dantes.
Portugal está a morrer!
Caíram as estátuas. Tabuletas
com os nomes das ruas,
mudaram; quais roletas,
pouco ou nada discretas,
quase ficaram nuas.
E a primeira ponte de Lisboa,
(se bem que doutro nome detentora),
enquanto o Abril soa
rebaptismo apregoa;
que não «d’outra senhora»!
Assim brindarmos, com o país falido,
é certo que a ninguém está agradando.
No todo: CORROMPIDO!
Uma parte... VENDIDO!
Outra parte fechando!...
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25/04/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
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