Mensagem para os visitantes

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Fiquem à vontade para entrar no meu mundo das histórias em verso.
Obrigada pela carinhosa visita.
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Laura B. Martins

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segunda-feira, junho 10, 2013

Fogaréus


Arquejam continentes, sufocados,
no avançar do fogo ininterrupto.
Soluçam os poetas, consternados,
por verem mais além do que o corrupto. 

Erguem-se vozes, a medo, em assembleias.
Os ambientalistas gesticulam.
Povos gritam não lhes correr nas veias
sangue de interesseiros, que pululam. 

Assim caminha o mundo, mutilado,
esquecido do que é um paraíso;
respirando ar impuro, conformado, 

mas desligado de Deus, do seu aviso.
Está prestes o Final, e o sagrado
"subir aos céus", no Dia do Juízo.
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31/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

segunda-feira, maio 20, 2013

Desculpa-me, bombeiro!


Desculpa-me bombeiro, se não tenho
capacidades natas de escritora.
Desculpa-me bombeiro, se não venho
escrever, sobre ti, palavras de doutora. 

Desculpa-me bombeiro, eu não sou
a poetisa ideal pra te cantar.
Desculpa-me bombeiro, se não vou,
nas emergências, teus fogos apagar. 

Perdoa-me, bombeiro. Eu não entendo
o que te faz travar a luta horrenda
contra o monstro vermelho, atiçado
por mãos que te transformam numa lenda. 

Combate-o, bombeiro. Ao criminoso
que os nossos olhos não vêm, escondido
numa casa ou floresta e, pavoroso,
ergue-se ante os teus olhos, num rugido. 

Homem-bombeiro... de tudo desprovido.
Um jacto d'água é lança, e alimento.
Homem anoitecido... amanhecido...
que morre, ou consegue o seu intento. 

BOMBEIROS! Mereciam mais que um hino.
Sem nome, lutam como ninguém faz.
Porque quando, a rebate, toca o sino,
prà guerra vão os soldados da paz.
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5/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sexta-feira, maio 10, 2013

Utopias


Vou falar de utopias, minha gente,
porque tenho uma ideia diferente
em relação ao outros, aos demais.
Vou falar da moeda justa «A TROCA»,
do «ESPERANTO», a língua poliglota;
ambos fariam felizes os mortais. 

Que ao homem se permita trabalhar
e, daquilo que precisa, no trocar,
veja as necessidades bem supridas.
Moedas, geradoras de cobiça,
terminariam. Haveria justiça!
Condições para guerras - suprimidas! 

Da fala, e dos seus impedimentos,
acabava-se tudo. Complementos
seriam: cada língua - seu país.
Idiomas diversos mas, também,
estudar o Esperanto; e ninguém
devia recusar ser seu aprendiz. 

São loucos os poetas, sonhadores.
Temos ideias boas, quais doutores
e engenheiros que, na prática, aborrecem.
São poesias, bem pouco funcionais;
imaginando serem coisas reais,
levamos sonhos àqueles que os esquecem.
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18/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

domingo, fevereiro 10, 2013

Euro 2004



Pois é! Há futebol no meu país.
Não gosto. É aquilo que eu não quis
ver na minha TV, nem no estádio.
Jamais li um artigo sobre bola;
quem gosta... sempre achei que era estarola.
Vivo a mudar as estações do meu rádio. 
 

Mas o Euro chegou, em plenitude.
Apesar de manter esta atitude
em relação à bola, sou vaidosa. 
Então, entrei na dança da bandeira;
e, na janela do sótão, altaneira,
ondula uma bem grande, esplendorosa. 
 

Perdemos a moeda portuguesa!
Do mais que perderemos, com certeza,
ninguém sabe dizer-nos... ou não quer.
Pois que flameje a bandeira portuguesa,
de 5 quinas ao vento. Chama acesa
enquanto pode ter escudo e ser mulher. 
 

Não faço propaganda ao futebol.
Mas quando penso em estrangeiros, e no rol
de turistas em número anormal...
Inflama-se-me o peito d'altivez:
- Aqui, senhores, é solo português!
- Aqui, senhores, se chama: PORTUGAL!
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10/06/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

domingo, janeiro 20, 2013

Que os sinos de Portugal...

 
Que os sinos da minha terra jamais deixem de saber
marcar as horas do dia, para a gente se mexer
ao ritmo deles, e andarmos de corações descansados,
sem pressas demasiadas ou, em horas, atrasados. 

Que os sinos da minha terra jamais parem de cantar.
É como viver no campo... e o sino a cantarolar
chamando os fiéis à missa para entoarem louvor,
rezar de forma castiça, erguer as mãos ao Senhor. 

Que os sinos da minha terra jamais deixem de se ouvir.
É como viver na aldeia... onde o sino ousa carpir
por quem morreu; e, no céu, vai ouvir anjos tocar.
E, os sinos da minha terra... ajudando... a badalar. 

Que os sinos da minha terra jamais tenham inimigos.
Que o padre e a população sejam deles muito amigos.
Quem vem para aqui viver, deve saber comportar-se;
a ninguém aborrecer e, às regras, ajustar-se. 

Que os sinos de Portugal possam ouvir-se no mundo.
E, em todo o Universo, saibam donde é oriundo
um som tão convidativo que leva para a Igreja
todos os povos unidos, e sem guerras. Assim seja!
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23/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

quinta-feira, janeiro 10, 2013

«Made in Portugal»

 
É o "Dia da Mulher" !
Vou aqui apresentar-me:
Quem quiser, lê. Quem não quer..... (
ghjk9)

Sou mulher simples, vivida,
com bastantes anos d'uso.
Ainda bem parecida!

Sou mulher pouco pintada;
riso aberto, jovial,
franca. Um tanto abrejeirada (!)

Trago nos olhos a alma
das portuguesas d'outrora.
Ninguém lhes levava a palma!

Morena, viva, nervosa,
de coração Lisboeta;
em verso expressa, ou em prosa.

Sou a mulher portuguesa,
de estatura mediana;
nem magrinha nem obesa.

Sou produto dum país
pequenino, à beira-mar.
Sal é a minha raiz!
 
Sou produto nacional.
Sou a marca registada.
Eu sou «Made in Portugal»
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8/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Ele há cada uma!!!!!!


Tem vaca no banho? Mas que grande pinta!
As tetas cheirosas, lavada, distinta...
Tem vaca banhada? Coisa divinal!
Mas, o leite aguado... Parecerá mal? 

Saracoteando-se, a vaca malhada,
canta enquanto espalha água, estabanada.
As ventas abertas, num olho o xampu...
talvez chateada, diz mu-u-u-u! 

Na cauda, bem presa, ela a escova empurra.
Será que se banha com leite de burra?
Esta D. Vaca, automatizou-se. 

Para quem gostar, tem leite já doce.
Em vez do sabão que só faz espuma,
lava-se com mel. Ele há cada uma!
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27/05/2005
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

terça-feira, novembro 20, 2012

Bom domingo!

A Dona Caracoleta embonecou-se a valer.
Parece uma borboleta sem ter nada que fazer.

Na missa, uma Avé Maria rezou, como deve ser.
É domingo... que alegria! Não há nada pra fazer.

Pintou a casa de novo, ficou toda a condizer.
Passeou por entre o povo... sem nada querer fazer.

Estreou um chapéu maluco e tentou bem parecer.
Na praça, bebeu um suco para arranjar que fazer.

Pôs um sorriso no rosto, para toda a gente ver.
Um ar, todo bem disposto, de quem não tem que fazer.

Tentou o dia inteirinho namorar, espairecer.
D. Caracol escondeu-se; sem saber o que fazer.

Caiu a noite na aldeia... sentiu-se desfalecer.
Pensou: - Se calhar, sou feia! Não sei o que hei-de fazer!

Sou rica, de casa às costas; muito para oferecer.
Caracol, de mim não gostas? O que é que eu hei-de fazer?

Mais me vale trabalhar... ver a semana correr.
Estar entretida, ganhar!... Ter, afinal, que fazer!
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21/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

sábado, novembro 10, 2012

Serenata inédita


Tocando a sua guitarra,
um esquilo, transformou
a selva em coisa bizarra;
pois nunca tal se escutou.

Foi tão boa a serenata
que a todos ele espantou.
Sendo um esquilo acrobata,
no chão é que ele cantou. 

A sua amada, entretanto,
no alto da ramaria,
encantada com o canto,
ao escutá-lo... comia. 

Até que, de pança cheia,
gracejando do amado,
enquanto se bamboleia...
salta para outro lado. 

Agora, esquilo-cantor,
ficaste como a cigarra.
Perdeste comida... amor...
ela quer ninho sem farra.
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16/03/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

quarta-feira, outubro 10, 2012

Sexta-feira, dia 13?


Sexta- feira, dia 13? É dia d'azar pra gente.
Pra não ter um acidente, veja se aproveita e... reze!

Eu não vou nem levantar-me, de certeza absoluta;
pra nenhum filho da... &%#?%/  alguma treta arranjar-me!

E, olhe lá, tenha cuidado: meça a altura do colchão.
Mais vale deitar no chão se estiver muito alteado.

Nestes dias azarados, quem não acredita é louco;
pois... todo o cuidado é pouco com escadas, maus olhados.

São 7 anos d'azar se acaso partir um espelho.
Deixo aqui um bom conselho: uma arruda vá plantar.

Mas, dum coelho, eu lhes digo: Ter pata como amuleto?
Recear um gato preto? Ah!!!!!... Isso merece castigo!
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13/01/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sexta-feira, agosto 10, 2012

Protesto dum rato

 
O rato malandro, desapareceu
da minha garagem. Será que morreu?
Pus-lhe a ratoeira para o apanhar;
vivo e bem disposto, no campo o largar. 

Comia as batatas... Ora  o mafarrico!
Pois se eram docinhas!? Vamos que eu explico:
Ora, era uma vez... Um ratinho em greve.
Deixou-me um recado, como se transcreve: 

- Cheia de batatas puseram-me a caixa
em cima da mesa, que até nem é baixa.
Talheres, não deram. Eu fui maltratado!
Meus caros senhores, fui discriminado! 

Não deram toalha, nem sequer um pano
pra comer na mesa? Sou um rato urbano!!!
Sou vivaz e esperto. Eu sou um colosso!
Como ratoeiras ao pequeno almoço! hihihihihi 

Lá na churrasqueira, também não estão mal...
Dá muito mais jeito entrar p'lo quintal.
Mas, batatas roxas??? Causam-me acidez.
Só gosto das doces. Comam-nas vocês! 

Chouriço de carne? Tem muito nitrito.
E queijo só como quando estou aflito.
Vegetariano sou, como os meus pais.
Meu dito, meu feito. Não volto cá mais!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
 

sexta-feira, julho 20, 2012

Um rato nas batatas


Eu deixo as batatas na minha garagem
que é lugar sem sol e de pouca aragem.
Mas veio um malvado dum rato, inimigo;
comeu umas tantas. Parece castigo!

Danada da vida, monto a ratoeira
com chouriço e queijo; ali, à maneira.
Mas o salafrário do rato tinhoso
não quer cair nela; é bicho manhoso.

É rato sabido, não quer entender
que essa ratoeira mal não quer fazer.
Passeia-se à volta, deixa os seus cocós,
é-lhe indiferente e ri-se de nós.

É uma caixinha com grades de lata
para aprisionar. Aqui não se mata!
Se ele cair nela, irá viajar;
pego nele e deixo-o num outro lugar.

Talvez lá prò campo... bem longe de casa...
lá vai o ratito, que até vai na brasa.
Que triste é a vida do rato caseiro!
Ninguém o quer ter, nem sentir-lhe o cheiro.

Ó rato magano! Pra correr contigo
vou fazer o quê? Fingir que não ligo?
Ah! Monto uma firma que há muito imagino:
«Aluguer de gatos» - Negócio divino!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

terça-feira, julho 10, 2012

Passarão e passarinha

(música «A caminho da Califórnia»
 












Era o senhor passarão e a esposa - a passarinha,
que decidiram mudar-se do quarto para a cozinha.

Ó que vida...  mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Fartinhos d'amar deitados, ronca o estômago a dar horas;
ele pragueja e decide vestir-se sem mais demoras.

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Vai vestindo a camiseta, (esconde o peito sensual),
junta-se a ela que tapa penugem com avental.

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Acaba a lua melada... em triste situação...!
«Teu amor e uma cabana»... não resiste à fome, não!

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!! 
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22/02/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958

domingo, junho 10, 2012

Desacato na capoeira


Um galo bem pequenino, cuja raça é anã,
encarregou-se de me fazer rir, esta manhã.

Andava ele na quinta a tomar conta do harém,
quando o peru quis meter a colherada também.

Enfeitou-se, cauda aberta, formou o leque, o danado.
Gorgolejou pràs galinhas, fez papel de enamorado.

O galito, furioso perante a desfaçatez,
saltou-lhe em cima, arrancou-lhe as penas; duas ou três.

A barulheira foi tal que a restante bicharada
aos gritos pulou, fugiu, completamente alarmada.

Só ficaram as peruas que, em jeito de mulherio,
rodearam o malandro. Coisa assim nunca se viu!

Mas o galo pequenote, inda pouco satisfeito,
foi-se às peruas bicou-as, nas patas. Que grande feito!

Foi bem bonito de ver: 4 aves tamanhonas
a fugir do anãozinho... pra não levarem «nas lonas»!

Que peru mais convencido e vaidoso, como gente!
Acabem-lhe co'as manias: ponham-lhe um pavão na frente!!!!!
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12/03/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958

domingo, maio 20, 2012

Gripe das aves


(Brincando com coisas sérias
para desanuviar a alma!)

Um ganso selvagem voa sobre o mar,
levado p'la aragem. Vem aqui pousar
no meu Portugal d' Inverno quentinho;
mas, vem o tal ganso, agasalhadinho.

Traz bom cachecol e até um barrete
tricotado à mão. Olha que topete!
Onde já se viu um ganso vaidoso?
Era o que faltava! É ganso garboso!

Quando vi tal coisa, fez-me confusão.
Pois... não é costume ter-se tal visão.
Ora vejam só, se começam todos
os gansos que há, a fazer de tolos(!!!)

Com mais qualidade produzir a lã
têm, as ovelhas, d' hoje prà amanhã,
Tal a quantidade de adornos gansais
que a indústria explode. Não será demais?

Para o desemprego, se pensarmos bem,
é a solução que mais nos convém.
Trabalho pra todos... criatividade!
Alimentar, vamos, gansos com vaidade!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

terça-feira, abril 10, 2012

D. galo machão


(Macho é macho, o resto é conversa...)

Lá vai D. Galo! As galinhas, como boas poedeiras,
vão atrás dele; porquanto, sem ele não há maneiras. 

É que pôr ovos sem galo pra poder galar o ovo...
não é jogo que se jogue. Só se for um jogo novo!? 

E o D. Galo, comandante das lindas frangas branquinhas
passa a ponte empertigado. Mostra como é, às galinhas. 

Crista vermelha, imponente, certo ar patriarcal...
numa tábua se equilibra; e... atravessa o canal.  

Do riacho não tem medo; a presunção não lhe falta.
Leva com ele o harém... com ares d'ave pernalta. 

É um galo-galaró tão machão, prole diversa...
que na panela não cai. E o resto é conversa!
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6/03/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

High society


Ai, Meu Deus! Quanta conversa
tem esta minha cunhada.
Eu, já com dor de cabeça...
Não me faltava mais nada! 

Saber porquês do vestido,
de quem foi o costureiro...
Se este ano vai pra férias.
Lisboa... Rio de Janeiro!... 

Cabelos última moda,
com gel, pra estarem de pé...
Botas... com este calor?
Vaidades, é o que é! 

Vou semicerrando os olhos
e dar um ar de entendida.
Assim, ela nem percebe
que estou meio adormecida. 

Dentro daquelas  roupagens
(pele de cores mais toscas)...
Acho que a cauda lhe serve
só para sacudir moscas!
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17/08/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958