Mensagem para os visitantes

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Laura B. Martins

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sábado, agosto 10, 2013

Sinceramente!...


Sodoma e Gomorra, a Bíblia conta,
eram cidades pecadoras. Tanta afronta,
Deus e os Santos não puderam tolerar.
Não lhes deixaram viva alma pra contar. 

Sinceramente!... Está o mundo a regredir.
Essa escabrosa história pode repetir?
O mundo vai perdendo as estribeiras…
escavam no mesmo assunto, quais toupeiras. 

Sinceramente, receio que se repita
o mesmo caso. Creio ser bom que se admita
já ser demais esta mania do nudismo...
a dar ao mundo este jeito de anarquismo. 

Sinceramente, estou farta de aliciamento!
Sinceramente, estou cansada do aumento
dos filmes, da TV, tantos anúncios
que nos atiram sexo em bons prenúncios(!) 

Sinceramente, é bom o prazer comprado?
Sinceramente, deve ser anunciado
amor em frascos de perfume e condimentos?
Do perigoso e livre sexo, envolvimentos? 

Sinceramente, porque teimam em lembrar
tudo que ninguém esquece, mesmo se tentar?
Sinceramente, porque teimam em vender
amor à força, se é tão lindo o seu nascer? 

Deixem que apure, em lume brando, os meus sentidos,
quando a paixão aguça os sexos. Atrevidos
e doces beijos são roubados, entretanto,
num bar, ao fundo; ou num jardim... nalgum recanto(!...)
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8/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sábado, julho 20, 2013

Espantalho espantado


Sinto-me um espantalho
e vivo espantada;
de monstros medonhos
e chamas cercada.
A seara ardeu...
as serras também.
Que me aconteceu?
Não sabe ninguém!
Foram-se-me os ramos
d'árvores amigas.
Quem me paga os danos?
Já não guardo espigas!
Manta de retalhos,
veste enegrecida,
queimada no fogo
que me poupa a vida.
Espantalho de luz,
ardido de sol.
Quem, por entre o fumo,
me leve e console?
Já não espanto as aves
porque aves não há.
Quem devia arder,
não se encontra cá!
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30/07/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

quarta-feira, julho 10, 2013

Terra queimada - Portugal


Era uma vez um país
tão pequenino e perdido,
junto ao mar, longe, feliz...
que foi queimado, vencido. 

Anotado em Escrituras
Santas, séculos aquém...
predições de diabruras...
mortes p'lo fogo, também. 

Ai, Portugal... minhas serras...
minha pátria. Tantas vidas
com pestes, fomes e guerras, 

foram menos agredidas.
Só Nero, nas suas terras,
cantou cidades ardidas.
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4/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

segunda-feira, junho 10, 2013

Fogaréus


Arquejam continentes, sufocados,
no avançar do fogo ininterrupto.
Soluçam os poetas, consternados,
por verem mais além do que o corrupto. 

Erguem-se vozes, a medo, em assembleias.
Os ambientalistas gesticulam.
Povos gritam não lhes correr nas veias
sangue de interesseiros, que pululam. 

Assim caminha o mundo, mutilado,
esquecido do que é um paraíso;
respirando ar impuro, conformado, 

mas desligado de Deus, do seu aviso.
Está prestes o Final, e o sagrado
"subir aos céus", no Dia do Juízo.
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31/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

segunda-feira, maio 20, 2013

Desculpa-me, bombeiro!


Desculpa-me bombeiro, se não tenho
capacidades natas de escritora.
Desculpa-me bombeiro, se não venho
escrever, sobre ti, palavras de doutora. 

Desculpa-me bombeiro, eu não sou
a poetisa ideal pra te cantar.
Desculpa-me bombeiro, se não vou,
nas emergências, teus fogos apagar. 

Perdoa-me, bombeiro. Eu não entendo
o que te faz travar a luta horrenda
contra o monstro vermelho, atiçado
por mãos que te transformam numa lenda. 

Combate-o, bombeiro. Ao criminoso
que os nossos olhos não vêm, escondido
numa casa ou floresta e, pavoroso,
ergue-se ante os teus olhos, num rugido. 

Homem-bombeiro... de tudo desprovido.
Um jacto d'água é lança, e alimento.
Homem anoitecido... amanhecido...
que morre, ou consegue o seu intento. 

BOMBEIROS! Mereciam mais que um hino.
Sem nome, lutam como ninguém faz.
Porque quando, a rebate, toca o sino,
prà guerra vão os soldados da paz.
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5/08/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sexta-feira, maio 10, 2013

Utopias


Vou falar de utopias, minha gente,
porque tenho uma ideia diferente
em relação ao outros, aos demais.
Vou falar da moeda justa «A TROCA»,
do «ESPERANTO», a língua poliglota;
ambos fariam felizes os mortais. 

Que ao homem se permita trabalhar
e, daquilo que precisa, no trocar,
veja as necessidades bem supridas.
Moedas, geradoras de cobiça,
terminariam. Haveria justiça!
Condições para guerras - suprimidas! 

Da fala, e dos seus impedimentos,
acabava-se tudo. Complementos
seriam: cada língua - seu país.
Idiomas diversos mas, também,
estudar o Esperanto; e ninguém
devia recusar ser seu aprendiz. 

São loucos os poetas, sonhadores.
Temos ideias boas, quais doutores
e engenheiros que, na prática, aborrecem.
São poesias, bem pouco funcionais;
imaginando serem coisas reais,
levamos sonhos àqueles que os esquecem.
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18/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

domingo, fevereiro 10, 2013

Euro 2004



Pois é! Há futebol no meu país.
Não gosto. É aquilo que eu não quis
ver na minha TV, nem no estádio.
Jamais li um artigo sobre bola;
quem gosta... sempre achei que era estarola.
Vivo a mudar as estações do meu rádio. 
 

Mas o Euro chegou, em plenitude.
Apesar de manter esta atitude
em relação à bola, sou vaidosa. 
Então, entrei na dança da bandeira;
e, na janela do sótão, altaneira,
ondula uma bem grande, esplendorosa. 
 

Perdemos a moeda portuguesa!
Do mais que perderemos, com certeza,
ninguém sabe dizer-nos... ou não quer.
Pois que flameje a bandeira portuguesa,
de 5 quinas ao vento. Chama acesa
enquanto pode ter escudo e ser mulher. 
 

Não faço propaganda ao futebol.
Mas quando penso em estrangeiros, e no rol
de turistas em número anormal...
Inflama-se-me o peito d'altivez:
- Aqui, senhores, é solo português!
- Aqui, senhores, se chama: PORTUGAL!
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10/06/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

domingo, janeiro 20, 2013

Que os sinos de Portugal...

 
Que os sinos da minha terra jamais deixem de saber
marcar as horas do dia, para a gente se mexer
ao ritmo deles, e andarmos de corações descansados,
sem pressas demasiadas ou, em horas, atrasados. 

Que os sinos da minha terra jamais parem de cantar.
É como viver no campo... e o sino a cantarolar
chamando os fiéis à missa para entoarem louvor,
rezar de forma castiça, erguer as mãos ao Senhor. 

Que os sinos da minha terra jamais deixem de se ouvir.
É como viver na aldeia... onde o sino ousa carpir
por quem morreu; e, no céu, vai ouvir anjos tocar.
E, os sinos da minha terra... ajudando... a badalar. 

Que os sinos da minha terra jamais tenham inimigos.
Que o padre e a população sejam deles muito amigos.
Quem vem para aqui viver, deve saber comportar-se;
a ninguém aborrecer e, às regras, ajustar-se. 

Que os sinos de Portugal possam ouvir-se no mundo.
E, em todo o Universo, saibam donde é oriundo
um som tão convidativo que leva para a Igreja
todos os povos unidos, e sem guerras. Assim seja!
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23/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

quinta-feira, janeiro 10, 2013

«Made in Portugal»

 
É o "Dia da Mulher" !
Vou aqui apresentar-me:
Quem quiser, lê. Quem não quer..... (
ghjk9)

Sou mulher simples, vivida,
com bastantes anos d'uso.
Ainda bem parecida!

Sou mulher pouco pintada;
riso aberto, jovial,
franca. Um tanto abrejeirada (!)

Trago nos olhos a alma
das portuguesas d'outrora.
Ninguém lhes levava a palma!

Morena, viva, nervosa,
de coração Lisboeta;
em verso expressa, ou em prosa.

Sou a mulher portuguesa,
de estatura mediana;
nem magrinha nem obesa.

Sou produto dum país
pequenino, à beira-mar.
Sal é a minha raiz!
 
Sou produto nacional.
Sou a marca registada.
Eu sou «Made in Portugal»
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8/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Ele há cada uma!!!!!!


Tem vaca no banho? Mas que grande pinta!
As tetas cheirosas, lavada, distinta...
Tem vaca banhada? Coisa divinal!
Mas, o leite aguado... Parecerá mal? 

Saracoteando-se, a vaca malhada,
canta enquanto espalha água, estabanada.
As ventas abertas, num olho o xampu...
talvez chateada, diz mu-u-u-u! 

Na cauda, bem presa, ela a escova empurra.
Será que se banha com leite de burra?
Esta D. Vaca, automatizou-se. 

Para quem gostar, tem leite já doce.
Em vez do sabão que só faz espuma,
lava-se com mel. Ele há cada uma!
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27/05/2005
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

terça-feira, novembro 20, 2012

Bom domingo!

A Dona Caracoleta embonecou-se a valer.
Parece uma borboleta sem ter nada que fazer.

Na missa, uma Avé Maria rezou, como deve ser.
É domingo... que alegria! Não há nada pra fazer.

Pintou a casa de novo, ficou toda a condizer.
Passeou por entre o povo... sem nada querer fazer.

Estreou um chapéu maluco e tentou bem parecer.
Na praça, bebeu um suco para arranjar que fazer.

Pôs um sorriso no rosto, para toda a gente ver.
Um ar, todo bem disposto, de quem não tem que fazer.

Tentou o dia inteirinho namorar, espairecer.
D. Caracol escondeu-se; sem saber o que fazer.

Caiu a noite na aldeia... sentiu-se desfalecer.
Pensou: - Se calhar, sou feia! Não sei o que hei-de fazer!

Sou rica, de casa às costas; muito para oferecer.
Caracol, de mim não gostas? O que é que eu hei-de fazer?

Mais me vale trabalhar... ver a semana correr.
Estar entretida, ganhar!... Ter, afinal, que fazer!
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21/03/2005
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

sábado, novembro 10, 2012

Serenata inédita


Tocando a sua guitarra,
um esquilo, transformou
a selva em coisa bizarra;
pois nunca tal se escutou.

Foi tão boa a serenata
que a todos ele espantou.
Sendo um esquilo acrobata,
no chão é que ele cantou. 

A sua amada, entretanto,
no alto da ramaria,
encantada com o canto,
ao escutá-lo... comia. 

Até que, de pança cheia,
gracejando do amado,
enquanto se bamboleia...
salta para outro lado. 

Agora, esquilo-cantor,
ficaste como a cigarra.
Perdeste comida... amor...
ela quer ninho sem farra.
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16/03/2004
Laura B. Martins
Soc. Port.
Autores n.º 20958

quarta-feira, outubro 10, 2012

Sexta-feira, dia 13?


Sexta- feira, dia 13? É dia d'azar pra gente.
Pra não ter um acidente, veja se aproveita e... reze!

Eu não vou nem levantar-me, de certeza absoluta;
pra nenhum filho da... &%#?%/  alguma treta arranjar-me!

E, olhe lá, tenha cuidado: meça a altura do colchão.
Mais vale deitar no chão se estiver muito alteado.

Nestes dias azarados, quem não acredita é louco;
pois... todo o cuidado é pouco com escadas, maus olhados.

São 7 anos d'azar se acaso partir um espelho.
Deixo aqui um bom conselho: uma arruda vá plantar.

Mas, dum coelho, eu lhes digo: Ter pata como amuleto?
Recear um gato preto? Ah!!!!!... Isso merece castigo!
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13/01/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

sexta-feira, agosto 10, 2012

Protesto dum rato

 
O rato malandro, desapareceu
da minha garagem. Será que morreu?
Pus-lhe a ratoeira para o apanhar;
vivo e bem disposto, no campo o largar. 

Comia as batatas... Ora  o mafarrico!
Pois se eram docinhas!? Vamos que eu explico:
Ora, era uma vez... Um ratinho em greve.
Deixou-me um recado, como se transcreve: 

- Cheia de batatas puseram-me a caixa
em cima da mesa, que até nem é baixa.
Talheres, não deram. Eu fui maltratado!
Meus caros senhores, fui discriminado! 

Não deram toalha, nem sequer um pano
pra comer na mesa? Sou um rato urbano!!!
Sou vivaz e esperto. Eu sou um colosso!
Como ratoeiras ao pequeno almoço! hihihihihi 

Lá na churrasqueira, também não estão mal...
Dá muito mais jeito entrar p'lo quintal.
Mas, batatas roxas??? Causam-me acidez.
Só gosto das doces. Comam-nas vocês! 

Chouriço de carne? Tem muito nitrito.
E queijo só como quando estou aflito.
Vegetariano sou, como os meus pais.
Meu dito, meu feito. Não volto cá mais!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
 

sexta-feira, julho 20, 2012

Um rato nas batatas


Eu deixo as batatas na minha garagem
que é lugar sem sol e de pouca aragem.
Mas veio um malvado dum rato, inimigo;
comeu umas tantas. Parece castigo!

Danada da vida, monto a ratoeira
com chouriço e queijo; ali, à maneira.
Mas o salafrário do rato tinhoso
não quer cair nela; é bicho manhoso.

É rato sabido, não quer entender
que essa ratoeira mal não quer fazer.
Passeia-se à volta, deixa os seus cocós,
é-lhe indiferente e ri-se de nós.

É uma caixinha com grades de lata
para aprisionar. Aqui não se mata!
Se ele cair nela, irá viajar;
pego nele e deixo-o num outro lugar.

Talvez lá prò campo... bem longe de casa...
lá vai o ratito, que até vai na brasa.
Que triste é a vida do rato caseiro!
Ninguém o quer ter, nem sentir-lhe o cheiro.

Ó rato magano! Pra correr contigo
vou fazer o quê? Fingir que não ligo?
Ah! Monto uma firma que há muito imagino:
«Aluguer de gatos» - Negócio divino!
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17/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958

terça-feira, julho 10, 2012

Passarão e passarinha

(música «A caminho da Califórnia»
 












Era o senhor passarão e a esposa - a passarinha,
que decidiram mudar-se do quarto para a cozinha.

Ó que vida...  mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Fartinhos d'amar deitados, ronca o estômago a dar horas;
ele pragueja e decide vestir-se sem mais demoras.

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Vai vestindo a camiseta, (esconde o peito sensual),
junta-se a ela que tapa penugem com avental.

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!!

Acaba a lua melada... em triste situação...!
«Teu amor e uma cabana»... não resiste à fome, não!

Ó que vida... mal aproveitada!
É mais curta que comprida
para amar é quase nada!!!!! 
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22/02/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958