(não coloquei imagens...
são demasiado conhecidas por essas ruas)
Quero que Deus me ilumine nesta hora de aflição.
Quero que Deus determine novas regras, estas não.
Não servem os fins em vista se a «humanidade» (?), perdida,
ainda quer que eu desista; viva, de tudo, esquecida.
Eu vi na rua, perdido, um cão, tão magrinho e só;
desfigurado, aturdido, patinhas tortas, um dó.
Foi, talvez, atropelado tempos atrás. Tinha um olho
saliente, destacado; e muito inchado o sobrolho.
Falhas do pelo, rasinho, negro, sujo; e, também,
muitas carraças e pulgas. Dos «seres humanos» (...) Desdém!
Fico doente, enojada, ao ouvir a tacanhez
da resposta que me é dada ano a ano, mês a mês,
por quem possui competências pra solucionar os casos
mais prementes; e, urgências que não devem ter atrasos:
- Dê-me o nome, o telefone, para a participação;
local exacto e, conforme o trabalho, lá irão
os serviços respectivos. Como se animais ficassem,
(sem estar mortos), inactivos na rua, até que os buscassem!!!!!!!
Pode não haver ninguém, para votar entre mil,
uma Lei que obrigue alguém a activar um canil?
Neste país de doutores vomitam-se Leis. Papéis
para que os não cumpridores fiquem a salvo, infiéis.
Desça do seu automóvel, presidente, vereador,
e ande nas ruas!... Imóvel ficará, perante o horror.
Saibam porque não dormi, me adoece a insensatez.
Animais abandonados... em casa, já tenho 3.
--------------------------
24/06/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Mensagem para os visitantes
Vamos divagar e esquecer os vossos problemas? Entrem e sentem-se, por favor.
Fiquem à vontade para entrar no meu mundo das histórias em verso.
Obrigada pela carinhosa visita.
Se gostou, comente.
Se não gostou... faça melhor!
Laura B. Martins
Fiquem à vontade para entrar no meu mundo das histórias em verso.
Obrigada pela carinhosa visita.
Se gostou, comente.
Se não gostou... faça melhor!
Laura B. Martins
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quarta-feira, dezembro 10, 2008
sábado, setembro 20, 2008
Amor na quinta!
O peru enfeita-se: a cauda enfunada
qual vela de barco, prà perua amada.
As fracas juntinhas, de cinza vestidas,
são 8. E o macho? Não sei! São amigas?
As galinhas olham, quando canta o galo;
tão embevecidas... porque ele é de estalo!
O casal de cães, na quinta a correr,
têm cachorrinhos. Bonito de ver!
Passarinhos fêmeas, com machos que ajudam,
afofam os ninhos; quase as penas mudam.
Há patas que grasnam prà arranjar marido
mas, os patos nadam em grande alarido.
Mais um casalinho que anda a namorar...
São gansos: já têm ovos pra chocar.
De cabeça verde, um pato bonito
corre atrás da fêmea com ar expedito.
Uns atrás dos outros, os coelhos saltam.
Nascem as ninhadas. Coelhos não faltam!
Os pombos cinzentos, aconchegadinhos
nos telhados. Rolas, a chocar nos ninhos.
Um balido ecoa. Será que ouvi bem?
É um borreguinho a chamar p'la mãe.
Galinhas da Índia, fortes mas pequenas,
mostram-se pró galo: Mas que lindas penas!
Está um gafanhoto bem acasalado,
pousado co'a fêmea. Fita-me, calado!
É a Lei da vida. O amor se renova.
Até um peixinho, no aquário desova!
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28/03/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
qual vela de barco, prà perua amada.
As fracas juntinhas, de cinza vestidas,
são 8. E o macho? Não sei! São amigas?
As galinhas olham, quando canta o galo;
tão embevecidas... porque ele é de estalo!
O casal de cães, na quinta a correr,
têm cachorrinhos. Bonito de ver!
Passarinhos fêmeas, com machos que ajudam,
afofam os ninhos; quase as penas mudam.
Há patas que grasnam prà arranjar marido
mas, os patos nadam em grande alarido.
Mais um casalinho que anda a namorar...
São gansos: já têm ovos pra chocar.
De cabeça verde, um pato bonito
corre atrás da fêmea com ar expedito.
Uns atrás dos outros, os coelhos saltam.
Nascem as ninhadas. Coelhos não faltam!
Os pombos cinzentos, aconchegadinhos
nos telhados. Rolas, a chocar nos ninhos.
Um balido ecoa. Será que ouvi bem?
É um borreguinho a chamar p'la mãe.
Galinhas da Índia, fortes mas pequenas,
mostram-se pró galo: Mas que lindas penas!
Está um gafanhoto bem acasalado,
pousado co'a fêmea. Fita-me, calado!
É a Lei da vida. O amor se renova.
Até um peixinho, no aquário desova!
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28/03/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
quarta-feira, setembro 10, 2008
Cachorro abandonado
Solitário, na estrada, tenho sede.
Nenhum carro se vê... Porque não vens?
Éramos tão amigos... mas, porquê
abandonar-me, se outro amigo não tens?
Uma esperança, no meu coração morre,
de te encontrar de novo; é o meu fim.
Não amo mais ninguém e, me comovo,
pensando que voltaste para mim.
Ao longe, ouço o ruído de um motor...
que não parou. Sentindo-me renascer,
tentei atravessar; mas, quem passou
apenas pôs um fim no meu viver.
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22/06/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Nenhum carro se vê... Porque não vens?
Éramos tão amigos... mas, porquê
abandonar-me, se outro amigo não tens?
Uma esperança, no meu coração morre,
de te encontrar de novo; é o meu fim.
Não amo mais ninguém e, me comovo,
pensando que voltaste para mim.
Ao longe, ouço o ruído de um motor...
que não parou. Sentindo-me renascer,
tentei atravessar; mas, quem passou
apenas pôs um fim no meu viver.
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22/06/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
domingo, agosto 10, 2008
Vindima antecipada
Foi a vindima, em Portugal, antecipada.
Foram os cachos, antes do tempo, colhidos.
Parcialmente, era a parreira dizimada
por esfomeados passarinhos, atrevidos.
Nesta cadeia, de que a terra se compõe,
pode ser mínimo mas, cada elo, importa.
Apavorada pelos fogos, se dispõe
cada avezinha a viajar, ou cair morta.
Num contra-senso criminoso, o homem mata
tudo que existe à superfície do planeta.
Todo ser vivo ele destrói ou desacata
e, não lhe importa, que o futuro comprometa.
Espavorida e com fome, a ave ataca;
e, joga a ordem deste mundo, na sarjeta.
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11/09/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Foram os cachos, antes do tempo, colhidos.
Parcialmente, era a parreira dizimada
por esfomeados passarinhos, atrevidos.
Nesta cadeia, de que a terra se compõe,
pode ser mínimo mas, cada elo, importa.
Apavorada pelos fogos, se dispõe
cada avezinha a viajar, ou cair morta.
Num contra-senso criminoso, o homem mata
tudo que existe à superfície do planeta.
Todo ser vivo ele destrói ou desacata
e, não lhe importa, que o futuro comprometa.
Espavorida e com fome, a ave ataca;
e, joga a ordem deste mundo, na sarjeta.
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11/09/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
terça-feira, junho 10, 2008
Instinto fatal
Na minha casa, foi um crime cometido.
Fiquei assim... com este ar entristecido
e a lágrima, no canto do meu olho.
Envenenámos um ratinho tão pequeno (!)...
No chão, o seu corpinho... é quase obsceno...
Penalizou-me! Numa revolta me aferrolho.
Fugi da crueldade deste acto.
Dura realidade. É desacato
na minha alma; confrange-se o coração.
Morre por causa da sua pequenez.
Não se abandona, não se apanha, nem o vês
quando está vivo, como qualquer gatinho ou cão.
Aquela coisa cinza, atrevida,
de pequenas orelhas e comprida
cauda, tentou connosco conviver.
O pequeno animal... parece adormecido!
Mas foi criminosamente abatido
porque, instintivamente, quis comer.
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31/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Fiquei assim... com este ar entristecido
e a lágrima, no canto do meu olho.
Envenenámos um ratinho tão pequeno (!)...
No chão, o seu corpinho... é quase obsceno...
Penalizou-me! Numa revolta me aferrolho.
Fugi da crueldade deste acto.
Dura realidade. É desacato
na minha alma; confrange-se o coração.
Morre por causa da sua pequenez.
Não se abandona, não se apanha, nem o vês
quando está vivo, como qualquer gatinho ou cão.
Aquela coisa cinza, atrevida,
de pequenas orelhas e comprida
cauda, tentou connosco conviver.
O pequeno animal... parece adormecido!
Mas foi criminosamente abatido
porque, instintivamente, quis comer.
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31/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
terça-feira, maio 20, 2008
ETERNOS LOBOS... em extinção (!?)
A minha homenagem aquele que não se entregou ao domínio do homem.
E por não se deixar dominar está à beira da extinção.
Ao preferir a liberdade de continuar a sua forma de vida extremamente peculiar, já está extinto em19 países restando apenas 3 para que se extinga definitivamente.
Respeitemos a sua valentia e amor à liberdade.
Sua excelência O LOBO.
===================
Chora, minha amiga!...
Por ti, por eles, ergue a tua voz!
Que chorem os amantes da beleza:
- Os verdadeiros lobos... somos nós!
Os homens não conseguem suportar
que um bravo ostente tal delicadeza.
Exterminam a eito. E se os enfrentam,
da vulnerabilidade se aproveitam.
Massacram tudo e todos na crueza
das armas conseguidas, num conceito
que a nós todos aflige. E a nobreza...
será sacrificada sem proveito.
Chora, minha amiga!...
Por ti, por eles, ergue a tua voz!
Que chorem os amantes da beleza:
- Os verdadeiros lobos... somos nós!
Sofisticadas armas se inventaram,
de precisão inequívoca. Agudeza
de espírito e imparcialidade,
hoje, apregoa o homem, tristemente.
Donde lhe vem tal ideia e destreza,
não é do coração que traz no peito.
Talvez inveje a graça e a pureza!?
Contra o reino animal tenha preconceito!
Chora, minha amiga!...
Por ti, por eles, ergue a tua voz...
Que chorem os amantes da beleza:
- Os verdadeiros lobos... somos nós!
--------------------------
27/12/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
E por não se deixar dominar está à beira da extinção.
Ao preferir a liberdade de continuar a sua forma de vida extremamente peculiar, já está extinto em19 países restando apenas 3 para que se extinga definitivamente.
Respeitemos a sua valentia e amor à liberdade.
Sua excelência O LOBO.
===================
Chora, minha amiga!...
Por ti, por eles, ergue a tua voz!
Que chorem os amantes da beleza:
- Os verdadeiros lobos... somos nós!
Os homens não conseguem suportar
que um bravo ostente tal delicadeza.
Exterminam a eito. E se os enfrentam,
da vulnerabilidade se aproveitam.
Massacram tudo e todos na crueza
das armas conseguidas, num conceito
que a nós todos aflige. E a nobreza...
será sacrificada sem proveito.
Chora, minha amiga!...
Por ti, por eles, ergue a tua voz!
Que chorem os amantes da beleza:
- Os verdadeiros lobos... somos nós!
Sofisticadas armas se inventaram,
de precisão inequívoca. Agudeza
de espírito e imparcialidade,
hoje, apregoa o homem, tristemente.
Donde lhe vem tal ideia e destreza,
não é do coração que traz no peito.
Talvez inveje a graça e a pureza!?
Contra o reino animal tenha preconceito!
Chora, minha amiga!...
Por ti, por eles, ergue a tua voz...
Que chorem os amantes da beleza:
- Os verdadeiros lobos... somos nós!
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27/12/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sábado, maio 10, 2008
KEIKO - a orca do filme 'Free Willy'

Keiko morreu
Keiko, a orca que estrelou o filme "Free Willy", morreu com a idade de 27 anos,
ao que parece por causa de uma pneumonia, informou este sábado a equipe encarregada de seu retorno ao mar.
A orca faleceu na tarde de sexta-feira, 12/12/2003, sem jamais ter voltado ao estado selvagem,
apesar de um grande programa de reabilitação que custou mais de 20 milhões de dólares.
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KEIKO - a orca do filme 'Free Willy'
Não há nada a fazer se não aprendem
as mais elementares leis humanas.
Os homens continuam a fazê-lo:
extinguem penas, pêlos, cascas, barbatanas.
Uns, dizem que a alimentação faz falta,
outros, que querem só domesticar.
Dão-se desculpas, ouvem-se protestos;
mas continua, o homem, a matar.
A ratoeira sempre mais sofisticada,
provém da mente mais terrível e cruel.
É desigual e desleal; sempre apanhada
será a presa, nesta luta sem quartel.
Incólume, nenhum ser vivo escapa.
Qualquer raça, terá morte aparente.
Se não, para alimento, esquartejada,
em cativeiro morrerá, impunemente.
Que mundo incrível, aonde um animal
se ensina, preso, a ver no ser humano
um amigo. E se faz, um Carnaval,
para ser solto neste mundo insano.
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14/12/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quinta-feira, abril 10, 2008
Ano Novo, Leis Novas
(Passagem d'ano-2003/2004)
do milagroso líquido dourado.
Que o coração em festa lhe recorde
alguém muito menos afortunado.
Abandonados, por quantos motivos?...
Deixados por aí, ao abandono...
São necessários donos adoptivos!
Vê-los entregues é quanto ambiciono.
Lutar é travar a calamidade
que assola este país inconsciente.
Dramatizar a infelicidade,
e não julgá-la um simples acidente.
Todo e qualquer animal de estimação
jamais deve deixar de ser estimado.
Que o Ano novo traga um coração
aos donos que o perderam, nalgum lado.
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31/12/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quinta-feira, março 20, 2008
Cão preso? Não!
Quem te disse, ó insensato, que um cão devia estar preso?
Quer seja grande ou pequeno, é um animal indefeso
à tua guarda. Ele, sim, é quem deves tu guardar;
porque o tomaste pra ti e já nem sabe caçar.
Prendê-lo pelo pescoço é ofensivo, é maldade.
Muito gostava de ver, tu, na mesma qualidade
de prisioneiro carente... um metro ou dois para estar...!
Pudesse eu, tudo faria pra, num cão, te transformar.
Os homens querem ser maus, mas dos maus se defenderem;
fazem, dos cães umas feras, para nos outros morderem.
A esses deixam corrente suficiente, pra andar
de cá para lá. Os bichos não se conseguem soltar.
Se ladram, a tomar conta(?), quando alguém vêem chegar,
quem te disse que não é pedir para o libertar?
E se, acaso, desconheces como é triste o seu viver...
Acho que não o mereces e te devia morder!
--------------------------
9/01/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Quer seja grande ou pequeno, é um animal indefeso
à tua guarda. Ele, sim, é quem deves tu guardar;
porque o tomaste pra ti e já nem sabe caçar.
Prendê-lo pelo pescoço é ofensivo, é maldade.
Muito gostava de ver, tu, na mesma qualidade
de prisioneiro carente... um metro ou dois para estar...!
Pudesse eu, tudo faria pra, num cão, te transformar.
Os homens querem ser maus, mas dos maus se defenderem;
fazem, dos cães umas feras, para nos outros morderem.
A esses deixam corrente suficiente, pra andar
de cá para lá. Os bichos não se conseguem soltar.
Se ladram, a tomar conta(?), quando alguém vêem chegar,
quem te disse que não é pedir para o libertar?
E se, acaso, desconheces como é triste o seu viver...
Acho que não o mereces e te devia morder!
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9/01/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
segunda-feira, março 10, 2008
Pombos de jardim
Foi sem receio que o delicado pombo,
batendo as asas, pousou na minha mão.
Veio, faminto. Achou que era seguro
pousar aonde havia arroz e pão.
Juntei uns grãos de milho. E, quem sabe,
voou por fome ou porque teve dó?
Veio. Bonito, e confiante, alegrar
quem ali estava para não ficar só.
Na rua, os transeuntes apressados
caminham sem olhar pra quem, sentado,
deixa cair uma lágrima. Saudade
dos tempos em que havia alguém ao lado.
Lembranças do passado já distante...
Feliz... até que a vida deu um tombo.
Destino infeliz (?) que, num instante,
me reduziu a companhia a um pombo.
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7/04/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
batendo as asas, pousou na minha mão.
Veio, faminto. Achou que era seguro
pousar aonde havia arroz e pão.
Juntei uns grãos de milho. E, quem sabe,
voou por fome ou porque teve dó?
Veio. Bonito, e confiante, alegrar
quem ali estava para não ficar só.
Na rua, os transeuntes apressados
caminham sem olhar pra quem, sentado,
deixa cair uma lágrima. Saudade
dos tempos em que havia alguém ao lado.
Lembranças do passado já distante...
Feliz... até que a vida deu um tombo.
Destino infeliz (?) que, num instante,
me reduziu a companhia a um pombo.
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7/04/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
domingo, fevereiro 10, 2008
Choro de raiva
(O governo do Canadá manda abater centenas de focas bebés)
Não perguntem porque choro,
eu não quero responder.
Não me interpelem. Me arrogo
o direito de sofrer.
Soluçando, impotente,
cerro as mãos, faço doer-me.
Cravo as unhas e, nas palmas,
sinto o meu sangue escorrer-me.
Não me perguntem também
porque sofro depressões.
Sofro! É tudo quanto sei!
Saibam que tenho razões!
Não perguntem porque vivo
sentindo-me amargurada.
Olho à volta e... todo o dia
sofro impotente, calada.
Não perguntem porque choro.
Não perguntem porque matam.
Interpelem esses homens
que as Leis de Deus desacatam!
Não perguntem aos vindouros
porque tudo permitimos.
Olhos e ouvidos cerrados,
nada escutámos nem vimos.
--------------------------
5/05/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
www.esmas.com/noticierostelevisa/internacionales/356811.html
www.gan.ca/en/campaigns/wildlife/sealhunt/factsheets/blueback_quotes.htm
www.gan.ca/en/campaigns/wildlife/sealhunt/whatwedo.htm
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=40269
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=21446
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal1.html
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal2.html
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal3.html
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal4.html
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=12232
www.gan.ca/en/campaigns/wildlife/sealhunt/sealgallery.htm
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=40271
Não perguntem porque choro,
eu não quero responder.
Não me interpelem. Me arrogo
o direito de sofrer.
Soluçando, impotente,
cerro as mãos, faço doer-me.
Cravo as unhas e, nas palmas,
sinto o meu sangue escorrer-me.
Não me perguntem também
porque sofro depressões.
Sofro! É tudo quanto sei!
Saibam que tenho razões!
Não perguntem porque vivo
sentindo-me amargurada.
Olho à volta e... todo o dia
sofro impotente, calada.
Não perguntem porque choro.
Não perguntem porque matam.
Interpelem esses homens
que as Leis de Deus desacatam!
Não perguntem aos vindouros
porque tudo permitimos.
Olhos e ouvidos cerrados,
nada escutámos nem vimos.
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5/05/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
www.esmas.com/noticierostelevisa/internacionales/356811.html
www.gan.ca/en/campaigns/wildlife/sealhunt/factsheets/blueback_quotes.htm
www.gan.ca/en/campaigns/wildlife/sealhunt/whatwedo.htm
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=40269
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=21446
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal1.html
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal2.html
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal3.html
www.animalsvoice.com/PAGES/features/seal4.html
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=12232
www.gan.ca/en/campaigns/wildlife/sealhunt/sealgallery.htm
www.ifaw.org/ifaw/general/default.aspx?oid=40271
domingo, janeiro 20, 2008
Lobos - Alcateia
Se eu falasse com a lua...
e palavras eu dissesse...
proferi-las eu pudesse,
quando o uivo se acentua...
Diria aos homens aquilo
que os lobos, da minha raça,
me contam: - É uma desgraça
ao ver um lobo - agredi-lo!
Tentam connosco acabar
os que se chamam d’ humanos(?!)
Gabam-se, tolos ufanos,
duma raça dizimar.
Que mal lhes fiz? Se os ataco,
a culpa é de quem consente
que encurtem, impunemente,
as matas. Não sou velhaco!
A caça, no meu terreno,
disputam d’ arma aperrada.
Para mim, é tudo ou nada;
então, o gado condeno.
Se me queixo à lua cheia
é no receio de morrer.
Uivo pra Deus convencer
a poupar a alcateia.
--------------------------
9/05/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
e palavras eu dissesse...
proferi-las eu pudesse,
quando o uivo se acentua...
Diria aos homens aquilo
que os lobos, da minha raça,
me contam: - É uma desgraça
ao ver um lobo - agredi-lo!
Tentam connosco acabar
os que se chamam d’ humanos(?!)
Gabam-se, tolos ufanos,
duma raça dizimar.
Que mal lhes fiz? Se os ataco,
a culpa é de quem consente
que encurtem, impunemente,
as matas. Não sou velhaco!
A caça, no meu terreno,
disputam d’ arma aperrada.
Para mim, é tudo ou nada;
então, o gado condeno.
Se me queixo à lua cheia
é no receio de morrer.
Uivo pra Deus convencer
a poupar a alcateia.
--------------------------
9/05/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Morte duma ave
Que importa o seu nome, se é grande ou pequena
Se a ave nos morre… temos tanta pena!
Desde o belo cisne ao mini-pardal,
vai-se um companheiro… faz-nos tanto mal…!
Pode estar lá fora ou dentro de casa.
Quando ela se vai… o choro transvaza.
Belas criaturas de longa plumagem
ou penas curtinhas, levadas p’la aragem.
Um pássaro, apenas um monte de penas
que faz companhia, nos torna serenas
a suavidade do seu deslizar
seja dentro d’água ou a voltear
no azul do céu, sobre uma campina...
Sinónimo d’ave será bailarina?
--------------------------------
1/02/2006
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
segunda-feira, dezembro 10, 2007
Maldade e insensatez

A minha vida tem sido uma batalha.
Quanto mais fujo da maldade, mais me calha
ver cenas bem difíceis de observar.
Quisera, eu, mudar a minha casa
para local onde a violência não arrasa
tudo que mexe; ser feliz noutro lugar.
E, tristemente, recordei a cena atroz
que os obrigava a fugir do seu algoz
perus, galos, galinhas dum vizinho.
O filho dele, empunhando a caçadeira
matava, exibindo qual bandeira,
os animais e carregava-os p'lo caminho.
São os instintos maléficos do homem
que lhe permitem caçar e, assim, consomem
tudo que é belo e livre dentro dos países.
Dando guarida aos pequenos terroristas,
ensinam-se a matar. São as conquistas
dos homens de amanhã - uns infelizes!
Vejo-o pegar na malga da comida,
chamar a criação, a quem convida,
e dar-lhes pontapés. Que malvadez!
De fundo tão maldoso, este rapaz,
assusta-me. É preciso homem capaz
de o surrar bem e demonstrar-lhe a insensatez.
-----------------------
23/08/2007
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
terça-feira, novembro 20, 2007
Brancas flores

Branca neve nos cabelos...
flores d'árvores, no chão.
Ninguém ouve os meus apelos...
Os meus ais, como contê-los?...
É gelo, o meu coração!
Se as pisarem, pisem leve;
porque as almas são mimosas
e, pisá-las, ninguém deve.
São um tapete tão breve...
de brancuras perfumosas.
Lindas e infelizes filhas
de mãe árvore possante.
Seus destinos - a mantilha,
natureza-maravilha,
que até na morte é fragrante.
Ai, de mim... ai, do meu ser...
Ai, de quem não tem amor...
Viver feliz não poder...
agnóstica, em ninguém crer...
Cinzento, é a minha cor!
-----------------------------
12/09/2004
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sábado, novembro 10, 2007
Enquanto

Enquanto se veste
ao espelho virada,
enquanto se despe
de costas voltada,
por envelhecer
o corpo condena.
Já não é mulher
que dispõe, ordena.
Mais um ano passa...
e vê, descontente,
que quem hoje a abraça,
sorri e lhe mente.
Pelas costas nuas
sente um calafrio...
Diz verdades cruas
quem a possuiu.
Retira à idade,
talvez, 15 anos.
A leviandade
trouxe desenganos.
Pra casa, sozinha,
volta tão cansada!...
Cansada da vida...
da pele enrugada.
--------------------------
23/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quarta-feira, outubro 10, 2007
Quem boa cama faz...

Inveja uma amiga
quieta, calada,
a viver protegida
no seu lar, amada.
A mulher que, dantes,
achava que a vida
era ter amantes,
p'las noites perdida.
Fez muito dinheiro,
julgou ser alguém;
pra ter um parceiro
pago, hoje, também.
Vê outra passar,
os filhos p'la mão...
Resta-lhe rezar
a Deus o perdão.
Boa cama faz
e nela se deita,
quem seja capaz
de a fazer perfeita.
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20/07/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
quinta-feira, setembro 20, 2007
Publicidade enganosa

Dentro da minha revista preferida,
vinha uma folha solta e curiosa:
era publicidade conseguida
por técnicos, que a tornam enganosa.
Do TOTOLOTO, números correctos.
Lucros supostamente garantidos,
induzindo os leitores mais circunspectos
a encomendar a chave, coagidos.
Como se a sorte pudesse encomendar-se!...
E, matematicamente ser possível
vir parar-nos ao bolso, e comprar-se,
o número da fortuna apetecível.
O Zé Povinho, a congratular-se
rico e feliz. Seria isso crível?
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2/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
segunda-feira, setembro 10, 2007
Ponto d'encontro

E vêm-se as mulheres nos toilettes
pintando os lábios e os olhos; marionettes,
julgando-se melhores, com verniz.
Ajeitando os cabelos nos espelhos,
algumas, cujos rostos estão velhos,
empoam rugas e o brilho do nariz.
Preferem cores pretas, porque encobrem
muito mais as imperfeições. Até descobrem
que a moda é «andar sempre faminta».
De saltos altos, e artrite nos joelhos,
do médico, não seguem os conselhos;
revêm-se na magreza... duma cinta.
Riem como se a vida não pesasse;
e, aquela falsa alegria retirasse,
os desacertos do amor e da família.
Observo-as, de cabelo colorido;
ao lado, um homem calado, o marido
que pensa, talvez, em dar-lhe chá de tília.
É o Ponto d'encontro da mulher.
Jovem, (idosa que seja), se puder
aos homens novos truques aplicar
será eterna Eva, pobrezinha.
Feliz, moderna, mostra-se à vizinha;
finge pra amigas que não esteve a chorar.
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27/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
sexta-feira, agosto 10, 2007
Emigrada

(Emília Stoica – Roménia)
Veio para Portugal
à procura doutra vida
que, no seu país natal,
não lhe era concedida.
Duras penas tem sofrido,
o coração muito chora;
deixou os filhos e, cheia
de coragem, veio embora.
É difícil aprender
o português, é verdade;
mas, já consegue dizer
4 palavras: saudade,
por favor e obrigada.
Chegam pra ser educada!
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21/10/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
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